29 julho 2011

Bem-vindos

Eu gostaria de escrever mais.
Mesmo.
De voltar a ser aquela tarefa satisfatória que tirava algo bom de mim, mas parece que todo momento que um respingo de ânimo aponta, foi-se a vontade e a ideia.

Tanto que nem no dia 23 eu apareci, o que pode ser considerado até uma falta grave, já que era o único momento que se tornaria contínuo, pois os outros dois eu já perdi nos dois anos que se passaram.
Tanto que o primeiro semestre se encerrou e também nada. Pois bem.

Talvez seja a ligeira tristeza que seja perceber o quanto tudo mudou, o quão rápido eu decidi dar uma guinada e mudar tudo. O quão rápido decidi dar um salto.
Foi bom, porque duvido que iria fazer isso tudo se tivesse parado pra pensar mais vezes, se não tivesse sido ligeiramente (?) impulsivo. Duvido.
E, talvez, tivesse que ser esse o caminho a se tomar.

Mas o peso dos 18 também chegou. Parece que foi o peso do que começou com o ano. O peso dessas responsabilidades, de ter que começar a se encarregar de preocupações outrora alheias. E das decisões, tanto das certas quanto das erradas.
Peso chato, mas que hora ou outra devia se aproximar, e já que foi assim, que eu me acostume o mais rápido com sua companhia, podendo tirar o adjetivo "chato", pra que ele se torne mais um amigo pra andar ao lado e ajudar com sua experiência.

E um incidente burro de minha parte hoje fez com que eu sentisse essa nostalgia de novo, essa saudade do que foi, até mesmo essa saudade futura que costuma me bater de vez em quando.
Mas pra quê? Eu tenho me dado bem, me adaptei bem e tenho onde recorrer na minha nova posição de tabuleiro.

Mas eu tenho saudade de onde estava há um ano atrás. Dia 26 eu lembrei a ida.

Mas também não tenho porque reclamar, de verdade. É apenas questão de se estabilizar e perceber como tudo tem andado bem, num ritmo legal.
É apenas o fato de que toda guinada tira a estabilidade, e eu prefiro seriamente essa última.

E quanto aos 18, não vou ficar repetindo agradecimentos, pois já foram dois anos assim.
A parte do "tudo que parece ser eu é um pedaço de alguém" é verdade, sem os presentes eu não seria, porque realmente não sei o que faço pra ganhar o que recebo deles.
Sem falsa modéstia, é verdade. Cada ato me mostra o quão importante cada um é.
Obrigado [novamente, pois é], sem vocês eu não seria.

E "Tempo amigo, seja legal", eu tenho me esforçado, eu tenho feito o possível. Seja legal.
Você sabe que tenho me esforçado.
E não só naqueles pontos que eu costumava reforçar, incluso um deles você me garantiu bem, obrigado. Em todos os (in)imagináveis, eu não sei explicar mas você me entende.

Longo texto, depois de uma longa pausa. E assim se faz.


(Sobre o Tempo - Pato Fu)

27 maio 2011

Interrogação.

A semana cheia.
A casa cheia.
A cabeça cheia.

Terminou de um jeito um pouco diferente essa semana que foi um pouco mais longa. Um pouco conturbada também, que se diga de passagem.
Acabou e trouxe o fim de semana de um jeito meio diferente, com um ar de saudade, com um ar um pouco estrangeiro, com um ar que veio um pouco mais de longe.

O mais estranho foi a sensação, um tanto quanto aleatória, que se prosseguiu.
A mesma que aparecia nas primeiras semanas de mudança e que tanto me deixou mal, forçando-me a evitar olhar no espelho em certos momentos, os quais realmente não gosto de ver.
Não teria motivo pra ficar assim, já que eu não deveria estar triste com o estrangeirismo, me sinto realmente bem com ele.

Porém ele me mostra o que ficou.
Ele me mostra a realidade que já não me é presente todo dia, a realidade que eu tinha.
Mas também isso mostra uma evolução, que querendo ou não, hora ou outra, seria necessária.
Então talvez não, não seja por isso. Por isso fico até feliz.

Mas novas responsabilidades estão por vir. Novos compromissos a firmar, novas correrias prontas a serem postas em cena.
O que me faz duvidar da capacidade de colocar tudo em conjunto. O que me deixa um pouco mal por não ter certeza de que realmente dará certo. E talvez seja isso parte do que me consumiu.

Certeza.
Eu só queria mais certezas. Não dúvidas.
Não queria ter que pensar e ver uma pergunta a girar sobre cada assunto. Não sei lidar tão bem com elas.

Eu apenas queria mais certezas.

Inclusive a de poder responder uma pergunta mínima e forte com uma simples resposta pra fazer tudo mais calmo.

Eu apenas queria mais certezas.


"deixe o sol inundar a escuridão." (Realejo em Dó - Cérebro Eletrônico)

08 abril 2011

Os Novos Testes

E agora tudo começou a mostrar a que veio, começou a mostrar como será, como terá que ser o ritmo de estudo, como terá que se ajeitar a vida.

De faculdade, a primeira prova foi essa semana.
Eu havia até me preparado, fui me tranquilizando durante a realização e não espero nenhum resultado negativo.

Pois bem.

Só que também não foi o único teste que se passou.
E se foi aí que eles nos pegaram de surpresa, eu dei a mesma resposta que sempre tive.
Não soube muito bem o que fazer e talvez tenha feito até errado, posso ter falado até o que não devia, apenas na espera de que fosse uma palavra de conforto.
Como consequência, até agora não sei muito bem o que fazer a respeito, e o medo em conjunto à agonia persistem, me deixando nesse meio termo.

E são esses testes que me mostram que eu ainda tenho muito o que aprender.


"sabe, quando aperta-te o peito, angustiado permanece preso." (Poema da Batalha - Transmissor)

28 março 2011

Re, ou In, surgência

Muito tempo se passou, meus textos se extinguiram por tempo indeterminado e talvez aqui estão de volta.
Não graças à mim, que fique claro bem de início.

Então foi isso, 2011 se iniciou e mostrou que a escolha vinda de 2009 se concretizara. Não da forma inicialmente prevista, mas que, venhamos e convenhamos, foi bem melhor.
Não graças à mim.

Porém nesse ponto me parece que eu fiz o que tinha que ter sido feito. Eu bem sabia também que havia feito minha escolha desde 2009. Eu sabia que em algum ponto aquilo seria o certo a se fazer.
E dói. Alguns dizem que se for fácil não tem graça. Concordo discordando. Pode ser, sim, verdade, mas que há horas em que a pressão vem como um tsunami e leva tudo, deixando apenas a vontade de se jogar tudo pro alto e dizer "chega!", não posso mentir.

Mas como também eu já havia dito, a cada dia que passa somos melhores que nós mesmos ontem, e aos poucos isso tem sido verdade. Mais do que entender, vou me redescobrindo e vendo que, mesmo com dificuldade, sou capaz.
Está tudo apenas no início, mas pelos próximos quatro anos, pelo menos, as coisas tendem a seguir o mesmo ritmo. É bom, interessante eu ir me vendo, ir me compreendendo para esses próximos, os quais tenho certeza de que serão bons. Talvez com uma convicção que me foge certas horas, mas tenho dito. Suas amostras têm sido boas, e esperança não falta.

Um capítulo à parte são as "novas" presenças.
Caso as for perceber, se verá que de novas elas não têm, porém de uma forma nova. Não só aquela usual de comunicação repetida, mas de um outro jeito.
Mas bem, fico exaustivo se for relembrar o tanto e o quanto já foi importante com meus problemas, se é que posso chamá-los assim.
Novamente, se faz essencial ao resgatar esse meu lado de escrita, que sempre tanto prezei, que sempre tanto gostei.

E bem, não vou ficar aqui enumerando todas as positividades que trouxe consigo. A escolha que me ajudou a fazer, meu sonho que me ajudou a chegar mais perto.
E já que eu havia prometido alcançar os meus objetivos expostos à ela, alçar minhas recompensas, aqui estou. O esforço valeu, cheguei até aqui e minha promessa foi cumprida, minha palavra foi feita.
Caso queiram, basta olhar os textos anteriores para ver quanto e desde quando se faz presente. Porque, claro, por meu bom costume, ficar lembrando, ser nostálgico é uma coisa boa sim, senhor.

E se os textos anteriores já parecem que tem sido parte viva, é saber que eles não são o bastante pra descrever. Que seja assim dito.


E um sincero. Profundo. E você sabe o quanto muito obrigado, Paulista. Sinceramente.


"you cut me down to size and opened up my eyes, made me realize what I could not see." (Swallowed in the Sea - Coldplay)

e com o perdão da repetição musical, mas se faz necessário. o encaixe se dá muito bem.

31 julho 2010

Leve Poesia da Noite

Já que você deixou sua marca
Bem debaixo do ombro esquerdo.
Já que você deixou sua memória
Bem abaixo do nariz.

Já que você pensa
Que isso seria um soneto,
Mas não passa apenas
Do sentimento de um ser feliz.

E um salve a Julho. Ave, César.

23 julho 2010

17

Passou. Acabou.

Hoje se inicia o décimo sétimo ano. Redundância, mas é de extrema importância frisar que o décimo sexto se foi. Não queria que tivesse sido assim, preferiria ele como se tivesse sido um ano mais fácil, mais leve que passasse sem nenhum tipo de preocupação.
Ao somar-se com 2009 teve certos rumos que não foram, digamos, lá bem o planejado. Momentos bons, claro, também não deixaram de existir.
Mas fato é que 2010 veio como prometido, se mostrando um bom ano. Talvez eu tenha antecipado que tinha tido problemas, porém qualquer ano se enche de problemas, basta você olhar pra ele com uma forma diferente.

E grande parte desse novo (?) modo de enfrentar as coisas se deve ao recado da Paulista. Novamente, Paulista, um sincero "muito obrigado", pois o conselho veio no momento certo.

É terrível ser repetitivo, ainda mais nesse ponto, mas é um agradecimento necessário, ainda mais porque há aqueles que não se fizeram presentes no último início e que agora se fazem mais que importantes.
E eles são aqueles que merecem destaque especial, os quais eu nem preciso mais de falar, eles sabem quem os são.
E que o texto pelo menos os faça sentir toda o orgulho e gratidão que eu tenho por os ter por perto. Talvez nem tão perto, mas perto.

Obrigado por serem parte de mim, e obrigado por deixarem eu fazer parte de vocês. Um singelo, e talvez não do tamanho que merecia, "muito obrigado", mesmo.
E um especial também a Julho, mas é bobeira falar dele agora. É assunto para um outro dia. Certamente, certamente.

Muito obrigado. Sem vocês eu não seria.


"tudo que irá existir tem uma porção de mim, tudo que parece ser eu é um bocado de alguém." (Pra Manter ou Mudar [A do Piano] - Móveis Coloniais de Acaju)

19 junho 2010

Conto Contigo

Ele sempre foi tema de vários textos, ora sendo vítima de difamação por minha parte, ora se apresentando para alívio de meu eu.

E, pelo jeito, dessa vez será novamente tema, mas talvez num enfoque diferente, numa forma amistosa e ao mesmo tempo conflituosa, esperando que daí Sócrates me ajude a chegar a um resultado terceiro.

Por comentar, sempre acreditei que talvez alguns "problemas" e imprevistos que chegaram a uma situação tortuosa, qualquer que seja ela, seriam recompensados após um tempo.
E que seria ele mesmo o responsável por recompensar todo aquele tempo de retensão emocional e dispersão psicológica que foram causados por outras situações.

Não é egoísmo, entendam, mas o ano tem sido realmente longo, como havia previsto. Entretanto, a outra previsão não tem se confirmado até então, infelizmente.

Então, Tempo, não entenda como egoísmo de minha parte, mas pelo o que tem acontecido nos últimos tempos, você está me devendo uma.
Tudo que se passou agora está na hora de você me recompensar, pois já quase não aguento.

Sim, Tempo, não veja como egoísmo meu, mas acho que você está me devendo uma.

Está na hora de você me recompensar por tudo. E você sabe como. Apenas dois toques e estaríamos todos quites.

Se "O Tempo recompensará.", está na sua hora. E eu conto contigo.


"Tempo amigo, seja legal, conto contigo." (Sobre o Tempo - Pato Fu)

05 junho 2010

Tensão Alternada

Tempo. Ou a falta dele.

Um longo período sem deixar registros. Um longo período sem comentar nada sobre nenhum tipo de assunto.
E volto por bem. Ou talvez pela única e sempre presente vontade de escrever.

Bem, o estranho foi a alternância de detalhes durante as últimas semanas. Alguns de maior relevância, independente do lado que se mostrou ativo; exalando tranquilidade ou remorso e raiva, os dias se passaram alternando sua trajetória entre situações tortuosas.

O exemplo maior foi a última sexta, com extremos dentro de um mesmo dia.
Uma manhã que deva ser enterrada para nunca mais se levantar, e por ser a parte ruim da história, termina aqui.
Por fim, a noite se mostrando extremamente positiva, trazendo companhias que fazem uma extrema falta por serem restritamente virtuais. Fazem uma extrema falta. Sim. Além de tudo com situações que, se não elevam o ânimo, pelo menos o levam ao ponto normal de cada simples dia.
Não creio eu que seria bipolaridade nem um trauma psicológico, mas a variação decorre de vários fatores. A falta do tempo é um, e suas respectivas causas.
Creio que a alternância seja apenas uma adaptação à situação momentânea. E como essas têm sido extremamente variadas, no fim ocorre algo desse modo.

Porém espero que essa alternância se acabe, transformando-se numa continuidade.
E que essa tensão caia.

Esperando, fico eu.


"nem sempre alegre ou feliz, mas faz, faz diferença." (Indiferença - Móveis Coloniais de Acaju)

21 abril 2010

Brasília Kubitschek de Oliveira

Ufanismo faz bem,
Nada como ser refém
De uma nação.
Sem nenhum desdém
Pelos problemas que tem
Na tua imensidão.

O entardecer mais bonito,
Suas pedras de granito
E o cimento no chão.
A construção suspensa,
A leveza intensa
E a marca no coração.

Do sonho de um maluco,
Nas mãos de um matuto,
A história de um país.
Arquitetura do Diferente,
Paisagismo do Irreverente,
Urbanismo do Consciente.

E parabéns Brasília, pela sua grandeza, pelo símbolo que representa. E independente dos problemas, esta é a marca registrada do seu céu e de suas histórias e de sua História.







Parabéns Brasília, pelos seus 50 anos.

E obrigado Juscelino, pela sua grandiosidade, ousadia e pela sua tentativa.
E saiba que sua tentativa não foi em vão. Apesar de tudo, as viagens entre o Catete e o Catetinho valeram a pena.

E esperamos ver o centenário da antiga Novacap, atual capital e eterna Brasília. Parabéns, Brasília.

16 abril 2010

A Aproximação do Distante

Se se recordam de quando disse que 'medroso e nostálgico. Sim, sou eu.' podem compreender.

É fato de que nunca deixei de ser extremamente inseguro, porém nada para confirmar e aumentar a sensação quanto a forte ideia da aproximação cada vez maior do fim do ano.
Algumas implicações implícitas na data.
E a sutil vinda da definidora que trará sua pesada carga ao chegar, e a simulação de sua carga já se inicia desde já. E a esperança é de que essa simulação traga efeitos satisfatórios para o objetivo que se traça alcançar.
O detalhe é que desde já há o medo sobre o momento em que ela fará o que sua graça propõe e desde já há a tentativa de esquecimento de que ele está chegando.

Porém - e, mais uma vez e à mesma pessoa, eu agradeço a existência de um porém - motivos também não faltam para, mesmo que numa tarde chata e sem graça e durante um tempo em que não há nada para se comemorar, se deixar de lado as besteiras mentais que servem apenas para desanimar quem tem tentado ficar alheio a assuntos extras para se dedicar apenas a um objetivo, quem tem se desgastado para chegar a um fim maior.

Um fim bem maior.
E obrigado Paulista, de novo. Você não imagina a diferença.


"fico danado e nado rio São Francisco, buscando remanso pro meu coração." (Abaçaiado - O Teatro Mágico)