31 dezembro 2009

Retrospectiva 2009

E assim, por fim, começamos o último texto. E terminamos o ano.

É mais um filme que se passa, é mais uma história a se deixar na memória. Fatos e situações, discórdias e discussões, lembranças e rememorações que vão, se não pra sempre, guardados de um modo especial.
Como ideia pré-criada, decidi estabelecer uma retrospectiva mensal com os pontos relevantes - ao menos a mim - de cada e, no fim, considerações de encerramento de 2009.
Sendo assim, vamos aos tempos, um por um:

Janeiro
Nada extremamente importante, apenas que foi nele que senti, por uma das únicas vezes, uma vontade de não querer voltar ao colégio. Sim, pois é, até me disseram - já em Dezembro - que eu nunca faria/diria algo assim, porém sim, não quis. Más sensações de que o ano não seria bom. Confirmadas ? Não sei, vamos seguir.

Fevereiro
A volta das férias. Nem tão ansiadas, e no primeiro dia já me fui confirmando o presságio. De uma forma diferente das quais eu reclamei durante o ano, mas sim, começou a confirmação.

Março
O Mês das Águas que me perdoe, mas não consigo relembrar nada para pôr em questão.

Abril
A noite do dia 08, quarta-feira, se ratificou como importante de lembrar. E foi a partir dele que, em Dezembro, vi que o que me explicaram sobre ele foi totalmente verdade. E talvez tenha me sentido bem por ele ter sido apenas do modo como foi. E foi na segunda próxima ao dia 08 que comecei a perceber que segundas-feiras podem não ser tão ruins assim.
Além, não podíamos deixar de mencionar mais uma revolução lunar que se completou.

Maio
Sim, dia 17, por volta de meia-noite, o blog que lê foi criado, e no mesmo dia já foram feitos dois textos, estabelecendo o porquê da criação e agradecendo ao seu idealizador. Até hoje este espaço nunca cumpriu o seu papel inicial, mas tem sido de grande utilidade.

Junho
É impossível passar pelo mês 06 sem deixar de registrar o dia 07. Domingo, sol de inverno, calor razoável e prova. Até aí, nada excepcionalmente importante para ser citado. Porém foi no mesmo domingo, mais tarde na manhã, que fui dado ao conhecimento real de quem eu, até então, só conhecia pela rede mundial. E talvez tenha sido a mudança do meu ano, a minha ressalva. Não quero citar nomes nem metáforas, mas se quiserem saber quem é, busquem seus comprovantes de pré-vestibular.

Julho
Ah, Julho é sempre Julho. O mês preferido. Talvez seja pelo aniversário. Talvez, provavelmente. E foi na data que faço memória da correria minha de ir à grande tela e ter de voltar rapidamente para casa.
Bom, o aniversário foi na metade.
Na metade do XX Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga. Ou, simplesmente, XX FIMCBMA. E talvez tenha sido ele o grande evento do ano, em parceria com o que será citado em Dezembro. Se "diga-me com quem andas e te direi quem és", posso afirmar que ali, entre os dias 19/07 e 01/08, fui uma das melhores pessoas do mundo. E talvez o Festival foi a trilha sonora do ano. Allegro, totalmente.

Agosto
Ah! se o indivíduo que disse que esse é o mês do desgosto tivesse vivido esse tempo comigo. 10, início. E é difícil continuar escrevendo na surdina. Também foi completado mais um ano de ensinamentos por parte dela. E este terminou com a redenção do ano. E no mesmo dia que terminou, se aliou com Setembro para fazer as duas melhores semanas do ano.
E foi com ele que aprendi que Agosto não é para ser desprezado, assim como as segundas.
E agora sim, aprendi realmente a gostar das segundas-feiras.

Setembro
Digamos que se iniciou em 31/08. E fez as duas melhores semanas do ano. Se aliando com Agosto, fez a perfeição de 31/08 a 14/09. O dia 31 é para se ficar na memória de quem o fez. E o conseguinte eu nunca mais vou conseguir ter a mesma emoção de estar rotineiramente caminhando para o intervalo e ter a grata surpresa noturna na frente do meu centro. Nunca mais a mesma.
Na Independência, o mesmo. Pode ter sido que já tomava um caráter mais sério, menos alegre - pode, e apenas pode. Acho que não -, porém foi um dia um tanto quanto especial. Conversar é sim a melhor coisa do mundo, e quando se está com vontade de fazê-lo e se está fazendo-o com alguém que lhe é extremamente agradável, se torna eternamente memorável.
8 anos do "aniversário", digamos assim, da queda do World Trade Center. Primeira semana da XIV Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Visita do mestre Bernard Cornwell ao Rio. Minha visita ao Rio. Meu encontro com o mestre. E só isso já é fato explicado e muito bem guardado.
14 de Setembro e eu senti vontade de espancar Humberto. Sem mais. E o dia 16 foi trágico, com Iagos me pontando por todos os lados, literalmente. E que assim fique na memória. O resto do mês foi assim também, sem mais citações.
E por aí tomou fim o mês mais contraditório e mais memorável de 2009.

Outubro
Dia das Crianças, Dia da Padroeira do Brasil e aniversário do meu tio. E daí ? O porquê é que 12 trouxe um pedido por minha parte e uma solução por parte dela de tentativa de melhora por meio de afastamento. Talvez ela estivesse correta, já que foi uma tentativa. Bom, seja por lá o que for, a semana passou sem a presença dela, e a minha gratíssima felicitação veio no domingo próximo, quando a mesma fez o pedido para que eu voltasse a ser, compondo assim a aquisição de o afastamento ter se acabado. E Outubro se encerrou assim.

Novembro
Bom, talvez seja o mês de menor sapiência por parte dos que passam periodicamente por aqui. Nenhum texto, nenhum ponto de vida. Mas os que me fazem lembrança são os que foram comentados: 18, com a volta normal da que eu nunca deveria ter tido problemas; e 21 foi a redenção da elite. E assim Novembro se foi.

Dezembro
Nada a se comentar até a semana do vestibular seriado. Porém, com a chegada do aparelho eletrônico eu comecei a rever o filme, todo de novo, culminando com o desespero que resultou na infrutividade, sendo visto a Pequena Raio de Sol após. O nome da combinação está no post atrás. Além das costumeiras reuniões familiares de Natal/Ano Novo, houve estreia individual no show de tributo aos Besouros com a esplêndida animação da Mestra. E no fim do mês volto a ter minhas prezadas conversas com a Paulista, a qual não me contatava há um bom tempo, e todos os quais eu prezo muitíssimo por conversar, a qual a rede mundial faz o favor de me manter em contato. E os primeiros, ilustríssimos e felizes, minutos do último dia do ano talvez preveem uma boa estada no próximo. E que assim seja.

E é terminado um ano de correrias, preocupações, pressões e pressões e também um ano de risos e congratulações, apesar de tudo.
E para encerrar o longuíssimo texto, só gostaria de deixar registrado meu eterno agradecimento aos que prestaram socorro ao meu ânimo, dentre eles todas as metáforas - e não metáforas - aqui postas: Lua, Haplóide, CD, 68;2, Eduardo e, com registro especial, A Que Sabe Parcialmente e Mestra, essa última que fez milagres ao dia 28 de Outubro. Muito obrigado e um Feliz 2010 para todos, enquanto eu tenho a esperança de que eu continue compartilhando boas notícias com todos vocês. E tenho sentido muita falta de todos vocês, de verdade.

Assim sendo, vejo que o Rio de Janeiro nunca tinha feito tanta influência a mim como fez esse ano. Obrigado, Rio.

E um Feliz 2010 para todos. Inclusive para mim.


"cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz." (Tocando em Frente - Almir Sater/Renato Teixeira)

26 dezembro 2009

A Pia do Meu Banheiro

Imaginativo e criativo (?) como sempre, decidi aumentar o campo de voo das minhas produções literárias. Pois sim, tomei decisão de fazer com que infantos tenham acesso às minhas confusões e desarranjos psicólogo-emocionais. Nome pronto. E por quê ? "OK, let's go."

Primeiro, um apelo: nunca, nunca misturem Saudade, Infrutividade e Filme. Separados talvez sejam de um bom negócio, porém destroem ao se juntarem. Principalmente se o terceiro for um drama que qualquer que seja o título te faz sentir diferente. Experiência própria, via 23, acreditem.

Bom, e talvez seja por justamente esse motivo que talvez tenha criado a ideia de bater asas mais alto, por entender justamente que decidi realinhar minha cabeça ao passo do objeto citado no título, que foi quem me "escutou", sem nenhum retoque às minhas palavras, e concordando comigo. Sim, o desespero bate, e abate.

Pois sim, desde que lhes foi adquirido o aparelho de conversa eletrônica eu tenho me sentido mais próximo àquela vez, voltando a me lembrar e re-sentir, não ressentir, tudo de novo. Perdoem-me aqueles que tanto me ajudaram, e tanto me ajudam, a superar meus problemas e escárnios do dia-a-dia, A Que Sabe Parcialmente e Mestra, sendo esta última a que incentivou e renovou o espírito do autor que os diz agora com a cópia dos Besouros. E como o autor gostou. Sim, de todo o coração, digo que foi ótimo. Espero pelo próximo.

E perdoem talvez os infantos, aos quais sonhei - e por que não sonho ? - dá-los uma tentativa de passagem de ideias minhas que apenas me dariam um modo de libertar todas as improbabilidades que encaro. E sim, eu seria ajudado apenas por liberar de um outro modo meus constrangimentos. Uma auto-ajuda externa. Estranho ? Sim, mas para mim resolveria.

E sim, o próximo será um resumo do ano, mês por mês, com infortúnios e belezas de cada.
E sim, ainda tenho minhas ideias na cabeça.

Porque eu nunca deixarei de tê-las. A Pia sabe.


"there's a shadow hanging over me [...] oh, I believe in yesterday." (Yesterday - The Beatles)

22 dezembro 2009

A Passagem e o Efeito

Sim, já era para esse ter sido o nome de um outro texto, mas por questões de caráter estritamente literário/"recursivo", deixei sendo como o pagão de maior sabedoria sobre esse assunto.
Pois bem, deixemos o amigo de Artur de lado e prossigamos, começando.

Sim, esse foi apenas o início do retiro de fim de ano e já começo a me sentir mal.
Sim, a mesma causa de sempre, a mesma estranheza de toda vez de um retiro dessa maneira.

Saudade sempre companheira.

Não há como negar, ela sempre esteve do lado, independente do foco que ela dava. Sim, no início de Setembro ela demonstrou uma força desproporcional. Não soube controlá-la, e assim ela fez maravilhas, ou destroços. Ainda tenho que avaliar.
E o causador dela é aquele, perdão Merlin, inoxerável conjunto de números de um relógio que vão mudando sem nunca parar.
Vão causando estragos no momento que deveria ter parado, ter reacontecido.

Sim, há momentos também que ele é amigo, compreensivo e tudo.
Mas logo pra mim, tão nostálgico como sou ? É, talvez a balança esteja pendente.

Porém, se me superei aos efeitos deles é um assunto que provavelmente deixarei para discutir no último recado do ano.
Pretendo várias ideias nele, espero que dessa vez as pretensões não escapem e me ajudem a fazer algo melhor.

Mas o fato é o que o tempo certas vezes é mal, porque "passa tão rápido sem nem pedir".
Agradeçam, dessa vez, a 68;2.

Mas mesmo com todas as passagens e todos os efeitos dessas, espero poder saber me livrar do quesito posto em destaque pela música.


"I guess you never know what you got 'till it's gone." (Homecoming - Kanye West feat. Chris Martin)

13 dezembro 2009

Receita de Domingo II

É, durante a época letiva, o normal era estar por aqui uma vez por semana.
E eu me sinto errado só por não ter, no mínimo, continuado a ideia.

Mas tudo bem, vamos lá.

Bom, comecemos então pelo domingo passado, já que, apesar de citado no mesmo dia, o texto passado foi feito na madrugada dominicana, então há considerações a serem feitas sobre a tal etapa da semana.
É, - com o perdão da excessiva coloquialidade - meu Mengão foi Hexa e eu fiquei um tanto quanto "aemocionado" - que se entenda a neologia por partes, para tentar se compreender o significado da mesma -, como sempre.
Bom, pela semana, foi uma normalidade tranquila, apesar de certas preocupações alheias, que vieram em cheio a se aliar aos já externados medos de que a tal sensação inicial do ano também se propague às provas que se vêm.
Por ajuda alheia, espero profundamente que nenhuma das duas preocupações se tornem verdade.

Decerto que nunca duvidei do poder da rede mundial de aproximar as pessoas, vide vários amigos meus mantidos e/ou feitos por ela. Mas o "estranho" é que o incentivo desse texto veio de uma pessoa com a qual troquei poucas frases, mas mesmo assim fez com que eu deixasse esse registro por aqui hoje. Seríssimos agradecimentos à @BiancaRaamalho. De verdade, obrigado.

Algumas considerações que eu gostaria de ter feito hoje serão deixados para o último texto de 2009, por todo o seu valor e importância.

E sem mais, fico por aqui.


"é dia de descanso, nem precisava tanto." (Domingo - Titãs)

06 dezembro 2009

Outubro a Dezembro

Pois bem, retornemos.
Sem saber o porquê, sem saber para que, retornemos.

Jurava de todas as formas que tinha deixado um registro por aqui no dia 07 de novembro, mas, já que nenhum aparece, provavelmente foi um rascunho malfeito e não publicado.

Sim, vamos ao(s) ponto(s) principal(ais), se é que existe(m).

A Odisseia Troiana passou. Admito que não de tudo, já que resquícios do tempo ainda se fazem presentes em mim, mas penso ter aprendido a sobreviver pacificamente com eles, mesmo tendo alguns devaneios momentâneos que fizeram lamentações internas aparecerem. Por causa daquilo ? Não.
Talvez uma ou outra insurgência monótona de um pensamento inexistente que aparece repentinamente através de um estado psicológico estranhamente e excessivamente, admito, afetivo.

Porém, nada como receber seguidas congratulações por ter vencido (?) a O.T. A Que Sabe Parcialmente, Mestra, Haplóide, CD e 68;2. Mesmo que não explicitamente, percebi sutis diferenças.
Sim, o que a Mestra disse se cumpriu. Considerando até mesmo a modéstia um pouco de lado, diga-se que seu preceito se disse verdadeiro.

E por falar em novembro, o dia 18 se mostrou gratamente feliz, voltando a ter a usual companhia normal de sempre. E essa saberá que é ao ler.
E o dia 21 também se fez imortal. Mostrou a premiação, a apresentação de origem porto-riquenha e o que uma verdadeira elite é capaz de fazer.

Só por ficar registrado, deixo a marcação de que a leitura outorgada de obras realistas me fizeram ter requedas. Sim, foram alguns 30 minutos - não seguidos, claro - de releituras mentais. Provavelmente continuarão até o fim da leitura, mas tudo bem. Hoje já os vejo com ternura e bondade do que foi.

E sem mais, ficamos por aqui. Sem desistir. Com textos mais espaçados, é verdade.

Mas sem desistir.


"and I'll never stop believing." (A Thing About You - Roxette)

31 outubro 2009

Odisséia Troiana

Sim, talvez eu precisasse retornar.
Sim, talvez fosse hora de encarar novamente aquilo que me deixava melhor.

Não voltei com a intenção de narrar os grandes feitos de algum Ulisses, assim como Homero o fez. Não não, nada grandioso. Apenas um período em que decidi me afastar para tentar derrotar meu inimigo, que se aloja dentro do meu crânio.
E lá se foi esse período.

Por escusas de motivação alheia, decidi me reencontrar com minha perdida escrita, que não mostrava suas caras desde o último feriado. Justamente no mês em que eu pedia maior quantidade de letras publicadas.

E fica certo que a última terça, 27/10, foi diferencial.
Se devo minha evolução a alguém, existem dois a serem laureados: A Que Sabe Parcialmente, que já lhe foi mostrado um pouco mais do que eu reservava; porém nada como principalmente à Aprendiz, que é um vocativo de assaz desrespeito. Por isso, passa a ser Mestra. Sim, sua condição de orientadora motivacional fez seu papel com sutileza e funcionalidade, leveza e talento, que me reconfortou, diria plenamente, por aquela noite.

E saber que vivem bem apesar dos pesares é um consolo. Talvez também me deixe sem palavras, já que alheio estou. E há, conjuntamente, o reforço me dito que todas as ações realizadas por minha minguante pessoa se deram de um modo correto, aliviando um pouco minhas tensões.

E quinta se realizou uma obra um tanto quanto maléfica e benéfica, paradoxalmente unidas. Recordava-me por impressões dos tempos em que minha única preocupação era minha tarde vazia e minha noite de sono infestada por dípteros.
Aos prantos pensei que são dignas sim, de acordo com o momento e situação.
E sim, eu sinto falta. Muita falta. De tudo.

E não haverão Posêidon's a mais para fazerem mais difícil minha jornada de volta. - assim espero.

Sim, medroso e nostálgico. Sim, sou eu.
Forte quando me é necessário. Sim, talvez seja eu.

E foram 19 dias de distância de meu marcador.
Imagina se fossem 2 meses agora.


"the world I love [...] can't stop." (Can't Stop - Red Hot Chili Peppers)

12 outubro 2009

Sublionário Diciominar

Pois bem.
Em vista de ter causado sérios danos ao abalado estado momentâneo de outrém, venho fazer este para tentar me desculpar. Apesar de ser muito clichê já, penso que é a ação mais certa a realizar, devido à mostra das últimas linhas.

Eu já não devia ter mostrado as maldosas frases que a destituíram do já alquebrado espírito que se apresentava.
É, já não é a primeira vez que a faço ficar mal. E juro, nenhuma vez foi minha intenção. Foi um egoísmo despercebido meu, que não percebi a maldade que estava cometendo.

Se ela acabou também pedindo suas desculpas, era desnecessário. O erro era todo meu. Eu deveria ter me resguardado, pelo menos naquele momento, ao invés de tê-la corrompido ainda mais.
Sim, me maldiga, me deserde, me ignore.

Só não pense que fiz tudo pra te ver mal. Nunca foi essa minha intenção. O problema foi minha falta de senso que fez eu agir dessa maneira. Eu ainda não sabia lidar com calma, sem minha normal ansiedade e acabou sendo do jeito que tudo chegou aqui.

E hoje começa a jornada mais longa e tortuosa de todos os tempos. Montanhas, florestas, animais, inimigos e tudo o que há de pior. Nem Derfel, nem Thomas, nem Sharpe, nem Rider Sandman, nem Saban, nem Nicholas Hook viram algo semelhante. E fico por aqui.

E eu não sei mais escrever.

E eu não sei mais se volto.

10 outubro 2009

Dicionário Subliminar

E voltei hoje a fazer o que sempre foi uma forma de me acalmar. Ou não.
Mas de, pelo menos, deixar meus registros de uma forma diferente. De uma maneira subjetiva, nesse papel virtual.

Minha cabeça tem funcionado como um carrossel, uma Babel ambulante.
Girando confusa. Procurando por soluções, procurando por respostas que se entravam dentro de uma mente sob a guarda de uma força digna de comandar um quartel.
E eu também tenho estado feito um batel que navega num rio caudaloso, contra um tropel de inimigos prestes a me derrubar. Perdido dentre ilusões minhas, que tentam dar uma réplica às questões que me afligem, citadas já anteriormente.

E a semana foi prova disso.

Um tanto quanto conturbada, com ausências que eu preferia não sentir. O fardel que eu tenho entre as suas aparições é pouco, é escasso, e não tenho suportado mais.
Parece que algum pilar entre o céu e a Terra desmoronou, levando consigo o capitel que havia sido construído para lhe segurar.
Os dias têm sido mais obscuros, menos felizes, mais inseguros. Não consigo ter uma razão para fazer o que me ponho a agir. Apenas a mecanicidade de um coquetel de deveres diários.
E no final, tudo isso converge a um tonel de ideias lindas e tristes.

Tenho sido seriamente atingido por esse mar de algodão que insiste em anubliar e esconder o que talvez fizesse de mim e de minha cabeça um plantel mais organizado, um verdadeiro time que tivesse um ponto fixo de ordenação para poder cumprir suas obrigações com tranquilidade e felicidade. Pois é, não tenho.

E por hora, eu, projeto de menestrel moderno, fico por aqui esperando que tudo se acalme, que a poeira de fel se baixe, para eu poder voltar a ter a minha normalidade.

E talvez presenças extras no intervalo da refeição me ajudem a tirar um pouco das nuvens, já que a eficácia desse tratamento é 100%. 2 tentativas, 2 acertos.

E eu não sei o porquê dessa diferença que sinto.
Apenas sei que é presente. Pelo menos a mim.


"juro por Deus, teu nome é rima pra mim." (Sobrenomes - O Teatro Mágico)

03 outubro 2009

Sófocles Moderno

Setembro se encerrou com o menor número de textos.
E talvez a causa seja eu mesmo.

Tenho medo, mas talvez deva admitir que minhas ideias e minhas escritas já não estão tão boas quanto foram.
Minha outra linha de escrita não recebe estímulos há um tempo, e da última vez que ganhou, o espírito estava alquebrado por uma série de fatos.

Por pouco Setembro não teve um último suspiro textual no seu último dia, mas a I-207 não cooperou, nem meu senso crítico.
Já que no mesmo dia que eu me lembrava dos 30 dias e estava tão feliz por tê-la visto tão bem, recebi notícias de ausência futura que me deixaram com remorsos. Foi como um teatro, com o rosto feliz e o rosto triste.
E o fator surpresa dessa ausência é o que me constrange mais.

Vale deixar escrito também as imagens criadas em minha mente de uma notícia vinda de 384.400 km que talvez transformaria. Mas até hoje isso só ficou no mesmo lugar em que foi criada.

Me satisfazendo com músicas virtuais de um Ésquilo Mágico eu vou pondo fim à primeira respiração outubrina, que eu espero que tenha mais inspirações. E expirações.

E como sinto falta da presença noturna que tem sido coberta por algodão, que não é doce.


"e o que resta é sem sentido, fico perdido, sem direção." (Abaçaiado - O Teatro Mágico)

21 setembro 2009

La Conseguenza - Parte III

Não pretendia tornar a escrever tão cedo.
Mas acho que a noite anterior mereceu.

Me entreguei.
E me levantei.

Aparentemente oxímoros, mas tão próximos.

Decidi realiar opções alheias ao meu cansado senso, para ver o que dariam de resultado.

Parece que o resultado foi tranquilo. Mas sei que algum tempo será necessário para a readaptação a vida de antes. E Merlin novamente é posto em destaque.
Será uma tremenda hipocrisia minha se eu disser que tudo passou, como um mágico que faz uma carta desaparecer. Não, não passou.
Mas também, se não foi do jeito que eu queria, tenho que me resgatar e me sentir feliz com o que veio.
Obrigados especiais À Que Sabe Parcialmente e ao Eduardo, por terem me ajudado a ter crescido um pouco mais.

E se encerra assim mais um fim de semana, com várias dúvidas de fim de noite, causadas pela mesma genética lunar.

E, repetindo, se eu disser que houve uma mágica, serei hipócrita. Apenas quero o bem dela. Tanto porque sempre quando eu precisar de olhar pra dentro, pra procurar algum brilho que deixe meu céu um pouco mais vivo, ela estará lá, brilhando para sempre.

A Lua conquistou seu lugar.

E mesmo que nem tão feliz assim, estou um pouco mais em paz.

E meu último pedido é que 2009 se vá o mais rápido possível, com mais felicidades do que tristezas.

E a ausência de música se deve à extraordinariedade do texto.

20 setembro 2009

La Conseguenza - Parte II

II

Pode parecer exagero, mas 2 desfalecimentos ocasionais já preludiaram a morte do meu já tão trôpego e sofrido otimismo.

Primeiramente, a foto me pediu um conselho. Não consegui respondê-lo. Mentira se eu disser que foi porque eu não tinha soluções para a situação, mas fato é que não pude gerar palavra pelo fato de ter desfalecido internamente na ideia de que ela se referia a si própria, mesmo quando ela desmentiu depois. Mas no fim prevaleceu a confiança nela, e eu deixei ir.
Na segunda vez, malditos Iagos se apoderaram do meu fraco subconsciente para tentar desmoralizá-la. Mostraram-me imagens, me apunhalaram até o mais profundo do meu ser, para tentar me convencer de algo que só vi depois, mas a confiança prevaleceu novamente.

Apesar dos prelúdios, não sabia que minha morte interna se desenharia tão rápido.

É coincidência - é o que eu espero - o fato de as nuvens a encobrirem justamente em dias que eu preciso de olhar pro céu. (via @karollinepaiva)
Justamente nos dias em que eu mais necessito de fazer uma conversa, ela é anubliada. Que seja coincidência.

Porque minhas glândulas lacrimais quase se entregaram ao trágico trabalho de mostrar suas gotas salgadas.

E a única felicidade desse término de semana é um elogio daquele ser que mais me escuta, mesmo não querendo, me elevando a um patamar que não mereço estar.
E a presença risonha de um amigo próximo, infelizmente distante.

E por fim, minha consciência pesa por duas vezes:

- talvez frases ditas antes de tudo poderiam ter mudado tudo, mudando o que é hoje, mas novamente eu erro;
- eu deveria ter seguido o conselho da Trupe Mágica que vem logo abaixo.

E admito que minha explosão interna tem vontade, às vezes, de se formar externamente.
Sim, eu deveria ter seguido o conselho deles.


"sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro." (Eu Não Sei Na Verdade Quem Eu Sou - O Teatro Mágico)

19 setembro 2009

La Conseguenza - Parte I

I

Por mais que eu não queira, meus textos estão, cada vez mais, se transformando em resumos semanais.

Transformar.

Foi um dos verbos mais presentes durantes meus últimos tempos.
Poderia ter sido minha sina ?
Poderia ter sido minha sorte ?

Sim, poderia.
E sim, futuro do pretérito, indicando que algo poderia ter ocorrido se não fosse algum obstáculo.

E minha grande boca já rezava, antes da hora, felicidades garantidas que não eram e nem são certas hoje.
Pelo menos pra mim, tudo continua na mesma.
E devo continuar a aprender que não adianta ficar imaginando, que não adianta ficar se distraindo com assuntos surreais, porque eles - voltamos ao "pelo menos pra mim" - não se concretizarão.

E me transformei em mar durante esses dias de sofreguidão.


"por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa ?" (Ana e o Mar - O Teatro Mágico)

13 setembro 2009

I e XIV

E a semana veio.

Mais uma semana passou, mais um tempo que fiquei sem deixar minhas marcas por aqui, e venho fazê-lo agora, na noite de um domingo, que estando prestes a adormecer e voltar à minha rotina, eu faço as impressões dos 7 dias que passaram.
Pois é, foram 4 dias de extremo ânimo para a viagem que se realizaria.

Primeira vez na dita Cidade Maravilhosa, que realmente é.
E XIV Bienal do Livro por lá.

Pois é, e o que ninguém se apercebeu foi o início da viagem de ida.
A Trupe Mágica fez maravilhas. Ao passar pelos locais que compõem a estrada inicial a mente novamente faz um de seus truques, os quais não posso, e nem quero, controlar.
Me levou àqueles que me felicitam todos os dias, que me deixarão felizes eternamente.
Lua, Haplóide, 68;2, CD, A Que Sabe Parcialmente, e todos os outros.
E que saudade ela fez com que eu sentisse.
Realmente queria que eles estivessem participando da Empreitada do Inglês, apesar de que família é a melhor companhia de todas.
Por isso eles são a 2ª Família, mas sem ordinais de comparação sentimental.

E acho que tudo me melhorou, toda essa expectativa e ânimo me fizeram uma pessoa melhor, pois acho que aprendi, nem um mínimo que seja, a valorizar mais o que tenho antes de perder. Pois sim, por um dia e meio, me distanciei do que rotineiramente me anima, para me animar com aquilo que provavelmente nunca mais verei.

E pela sequência dos acontecimentos, acho que tudo está se virando.
Tudo está melhorando. Tudo está se ajeitando.

Tudo está dando certo.
E isso é a minha mais solene expectativa e esperança para terminar o ano que iniciou com um mau pressentimento.
Mas está mudando. Essa é minha crença. Está melhorando.

E que assim seja.


"Bom, uma história sobre Joana Darc? Olha, vou te contar o fim da história: ela morre queimada."

Bernard Cornwell


"minha senhora diz: 'bons ventos para nós, para assim, sempre, soprar sobre nós'." (Sina Nossa - O Teatro Mágico)


E sim, repetitivo. Mas sem a intenção de esnobar, longe disso. Com a intenção de rememorar com alegria.



07 setembro 2009

Merlin

Tempo.

A soberania universal de todos os mortais.

Semana incrivelmente longa.
Terça-feira foi um dos dias mais custosos que já vi passar, mais demorados que já vi se assentar, com surpresas que alegraram e ao mesmo tempo retardaram a velocidade com que o tempo passava. E a quarta, que deveria me dar alegrias, acabou por dar notícias de preocupação.
A quinta se ressalva um pouco, porque deu informações de que a quarta apenas deu um susto, melhorando assim tudo, apesar de me ter feito aprender a lidar com mais calma e serenidade, em tudo.
A sexta, minha última esperança na semana, acabou por trazer novamente preocupações, mas que foram assim, sem se ver. Ainda bem.

Ainda na quarta eu tinha me decidido por deixar aqui mais uma marca, só que por motivos de força maior, preferi guardá-los, e entregar-lo-ei o mais cedo possível.
Peço mil perdões a quem prometi mostrá-lo depois de finalizá-lo, o que acabei por não fazer. Entenda que não foi por mal.

Pois é, o fim de semana acabou por me dar tempo a toa, tempo ocioso, que apenas gastei dormindo em sua maior parte e jogando baralho, por diversão, além da TV, que em horas assim acaba ajudando um pouco.

E o feriado chega. Uma esperança nasce de acertar tudo, de deixar tudo nos detalhes exatos nos quais tenho querido há um bom tempo.
Só que da mesma forma ele caiu como uma responsabilidade. Antiga, é verdade, mas que chega o tempo de se cumprir. E, por mais que pareça tudo, ela não se concretizará agora apenas por impulso.
Mas por confiança e coragem alheias, dosadas da melhor maneira possível.

E é só isso que eu queria que o Satélite entendesse. Apenas.

Porque eu já entendi que Merlin é essencial.

E o mesmo Satélite deixa palavras de extrema importância durante o desenvolvimento desse texto.
Palvras inesperadas, mas que fazem felicidade.

"o tempo é inexorável, Derfel."
Merlin.

As Crônicas de Artur, Bernard Cornwell
.


"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda, eu sei, pra você correr macio." (Sobre o Tempo - Pato Fu)

29 agosto 2009

Neurotransmissores Viciantes

Mais uma semana me consumiu. E eu consumi mais uma semana.

Por diversas vezes realmente vaguei na sutil esperança e/ou surrealismo de que palavras guardadas temporariamente não perdessem seu valor com o tempo que ficaram encaixotadas na memória.
Mas eu ?
Eu, ficar imaginando o futuro do pretérito para acontecimentos que sequer estiveram perto de se realizar ?
Logo eu, planejando o que não vai acontecer ?

É, por incrível que pareça eu ainda não aprendi a imaginar o que está na minha frente, ainda não sei como recriar na minha mente o que é real. Continuo apenas criando situações ilusionárias que já entendi que, se passaram por meu (sub)consciente, é sinal de que não ocorrerão.
Ou talvez eu ainda não tenha sabido me livrar dessa sina.

Porque é a mesma que me propicia os melhores momentos, no qual sou dono de mim, e capaz de fazer realizar o que talvez as palavras quietas não conseguiram fazer.
Porém a culpa também é compartilhada por mim, que fiz o mesmo, e evitei transtorno único e reincidente a mim, que devo tomar alguma atitude.

Eu já não sei o que fazer. Minha pequena melhora se deve aos incentivos e elogios alheios, que descobrem um outro lado do seu reles autor.
E esse mesmo preferiria fazer algum tipo de melhora em si.

Apesar de todas essas custosas palavras que vão saindo ao mesmo tempo em que vão chegando, certos seres satélites compreenderão a que ponto um simples cumprimento pode chegar. E perceberão que meu plano de futuro se destacou apenas pelo poder que certas cadeias carbônicas tem.

E como meu texto vai piorando a medida que cresce, eu prefiro terminar aqui.

Porque astros descobrirão o poder da dopamina. E esperam que reajam bem, fazendo um empuxo no minha já decaída e desfalecida felicidade.

Já que dopamina causa dependência.
E que dependência tenho dela.


"I wanna hold you high and steal my pain away." (Broken - Seether feat. Amy Lee)

23 agosto 2009

Jornais Virtuais

Irritado! Irritante!

Num estado um tanto quanto deplorável durante essa volta, desconto em quem não merecia!

Confessei à Lua e à lua durante minhas noites que desde que voltei a ter aulas, contando inclusive pré-PISM e língua inglesa, tenho estado diferente.
Saturado emocionalmente, tenho estado mais propício a me enervar por razões inúteis, como apenas um pedido, e tenho dado motivos a supostas mudanças pra quem eu deveria ser totalmente compreensivo, tentando discordar o menos possível.

Porém, pois bem, escusando-me através de motivos inúteis, tão inúteis que os guardei para mim ao invés de explaná-los, me deixei levar por essa pesarosa emoção.
Só que o mais estranho de tudo é eu não saber me definir, eu já não saber como me sinto, não saber como expressar o que me passa.
Estou bem ? Formalmente, sim.
Estou mal ? Imaginavelmente, acho.

Minha mente se movimenta rápida e sorrateiramente, como sempre disse, mas dessa vez sem me deixar claramente alguma pista do que quer.
Decerto esteja tentando me pregar o que sempre faço: esconder o principal, deixando apenas uma metáfora.
Mas como eu próprio sou o criador delas, não tenho como chegar à resposta.

E notícias viajam por 384.405 km numa facilidade extrema, causando certos reflexos. Mas nada com o que se preocupar. Nada demasiadamente importante.

Espero que essas quase três semanas de estado emocional parcialmente inerte acabe.
Necessito de estar algo. Seja bem. Seja mal. Preciso estar.

E sendo repetitivo, ainda necessito do meu pedido de posts atrás.

Porque só sei que tem algo errado. E sei que talvez devesse ter mudado minhas palavras num passado.

E em especial, em relação ao meu tempo que se esgota sem eu saber como estou, aí vai.


"todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou." (Tempo Perdido - Legião Urbana)

21 agosto 2009

Inverno Primaveiresco

Antes de tudo, apenas gostaria de deixar claro que minha ausência se deve ao cursinho, que toma minhas segundas/quartas/sextas e pelo meu curso de inglês, que completa meu dia às terças e quintas.


Bom, vamos ao que interessa. Ou não. Depende do ponto de vista.

Os suínos se acalmaram, e como o PhD. T. C. S. já bem nos explicou, a curva de qualquer epidemia tende a decrescer rapidamente depois de seu surto mais profundo, que causou a nossas duas semanas a mais de espera.
Com algumas surpresas, novamente retornamos a nossa casa.

Porém, talvez a maior surpresa da semana seja meu estado. Iniciei, sem nenhum tipo de razão do que estava fazendo, a cantarolar músicas com ritmo arabesco.
Com que motivos ? Para quê ? Por quê ?
Não faço a mínima ideia de qual motivo estava agindo daquele modo, sem propósitos, deixando meus motivos de lado, deixando minhas indagações acesas num rosto, até certo ponto, normal.

Sem felicidades, sem tristezas, sem ânimo, sem objetivo, passei mais uma semana fazendo apenas minha obrigação, até de vez em quando fugindo da mesma, por uma falta de paciência que me atormentou. Peço sinceras e humildes desculpas a todos os quais eu possa ter sido um tanto quanto ignorante e/ou indiferente. Entendam que eu, novamente, só não estava muito bem.

E nem Dante Alighieri foi capaz de me deixar um pouco mais com a alma lavada, apesar de sua esplêndida corrida. É certo também que ele não terminou sua aventura num momento muito bom. Estava eu mais uma vez transtornado, como há um bom tempo tenho estado.
O problema é que dessa vez estou vagando mentalmente sem nenhum tipo de escusa ou escudo, sem nenhuma desculpa ou culpa. Apenas vago, apenas sigo, apenas procuro, apenas acho.

Acho. Acho sim. Mas, pelo visto, só encontro o que não gostaria que aparecesse. Uma espécie de fator indeterminado que tem me transtornado por uma razão desconhecida.

Porém, por não querer falar/relembrar, apenas digo que a noite será mais uma que me trouxe uma notícia má.
E eu, que quando sempre alento uma esperança, recebo o fim contrário.
Quando acalento uma ideia, ela se reflete contrariamente.

Nunca soube o porquê, mas tenho hipóteses. Mas pelo modo, falíveis.
E eu continuo precisando do comentado no último texto. Tenho me sentido mal.

E novamente se destacam 68;2, CD, Haplóide e Lua. Complementando a noite. E, acho, não sendo a causa de minha dormência mental.

"Ipse ignotus, egens, Libyae deserta peragro,
Europa atque Asia pulsus.
"
Eneida, Virgílio

"preciso acabar logo com isso. Preciso lembrar que eu existo. Eu existo." (Sentado à Beira do Caminho - R. Carlos/E. Carlos)

15 agosto 2009

Arcobotantes Flutuantes

Eu esperava mais calma provinda do livro.

Claro, ele me ajudou, e não posso culpá-lo hora alguma. Sempre são de uma ajuda tremenda, talvez daí meu fascínio por eles.

Venho questionando-me se tenho razão e direito de ficar travando essa dúvida sobre eles em minha mente, essa indecisão que sempre acaba me levando para a ideia que eles sempre estão, e por um tempo eu me resguardo a ficar imaginando. Nisso, Skank me serve bem com Ali.
E apesar de continuar me resguardando sobre todas as implicações negativas, sinto as forças delas atuando sobre minha pessoa, mas tento distraí-las numa noite, sazonalmente, agitada na internet, com risadas pequenas ou boas no curso, com meu livro, música dentro do possível e todas as outras coisas que me fazem um pouco melhor.
Esperando assim que Agosto termine rapidamente e que Setembro chegue num instante, trazendo, que assim seja, a presença ilustre de um inglês que me alivia constantemente com suas histórias medievais, que dessa vez evocarão Azincourt.

E eu sinto saudades de presenças outrora constantes na noite.
Esperando, pois, a mesma em todos os dias semanais.

E não só ela, como todos os outros.

Pois sim, necessito de receber um abraço. Rápido, curto, inesperado. Que seja.
Mas sincero.


"sobra tanta falta de paciência que me desespero, [...] sobra tanto espaço dentro do abraço, [...] falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo." (Sobra Tanta Falta - O Teatro Mágico)

14 agosto 2009

Guerra dos Cem Anos Mental

Eu queria motivos ? Pois bem, os tenho, além do necessário, além do suficiente.
Só que eu, como sempre, estou aquém do necessário, aquém do suficiente.

As noites tramaram uma aliança com minha mente digna de William Hamleigh e Waleran Bigod, que entrementes e acerca de escusas religiosas tem por objetivo a destruição total do priorado de Kingsbridge.
Mas não adianta continuar dando metáforas ao que ninguém entenderá. Que nessa parte seja assim, mas que em outras eu confirme minha contradição.

Mas voltando às noites, elas me trouxeram um sufocamento antes compreendido como inquietação, mas que logo se ia com meus devaneios e assim não me incomodava (tanto).
Porém comecei a ficar realmente inquieto, extremamente irritadiço e até mesmo inconsequente pela ação inesperada e, em minha opinião, exagerada tomada pelo estado. E o mais importante: pelo colégio.
Juro que o conflito tomou tal proporções que meus devaneios chegaram ao limite de quase (?) me deixar aos prantos por duas noites seguidas (de passagem, as duas últimas) pelo fato de não estar próximo de quem queria, pelo fato de que talvez uma amenizada nessa situação sempre ficava com uma vontade de querer mais e sempre estou voltando insatisfeito.
Quase (?) as lágrimas escorreram por mais uma vez me ver distante daquilo que sempre me reconforta, daquilo que sempre me deixa bem e que me alegra.
O monstro dessa vez foi minha decisão paulista, me deixando quase entorpecer a vizinhança de gritos pelo medo e saudade que estava já de uma vez.

E estou disposto a largar tudo que quero por talvez permanecer junto daqueles que me fazem bem.
Porque sei, de antemão, que não suportaria a ausência deles, como assim está acontecendo.
E me dedicaria, feliz, a me empregar como Eng. Elétrico em qualquer setor de qualquer empresa que me deixasse mais próximos deles.

Porque os últimos acontecimentos me aproximam cada vez mais dos imortais que já vivem em mim.
E apesar de que sejam normais, eu sinto que eles só servem para fervilhar cada vez mais minha cabeça, sendo meu único escape meus textos, e minhas lembranças.
É, e são elas que viverão pra sempre em mim.

Rápidas, únicas, perfeitas. Com todos os ingredientes necessários.

Uma célula Haplóide, um 68;2, um CD, uma Lua pra iluminar, e todos os outros que não sei metaforizar.

E sim, eles viverão.


"e quando eu estiver fogo, suavemente se encaixe [...] e quando eu estiver morto, suplico que não me mate, não, dentro de ti." (Sutilmente - Skank)

08 agosto 2009

Os Pilares da Terra

Última noite foi tempestuosa.

Mas que nos trouxe alegrias em forma de gratidão alheia, que nos mostraram mais uma vez que a família não se resume apenas ao seu sangue, mas há também aquela família que é escolhida para se ter, eu espero, até o resto de seus dias.
E apesar de tristezas que abateram fortemente a noite passada, prefiro ficar com a lembrança de valores que me deixam cada vez mais feliz por ter formado minha 2ª família do jeito que ela mesmo é.

Porém, hoje viemos com energias renovadas.
Energias que muito provavelmente vieram do término de mais um livro.
Por mais ficcionais que sejam, meus livros tem essa capacidade de variar meu humor como os ventos mudam as ondas.

Será que a construção de uma catedral causou tal mudança a ponto de fazer com que hoje fosse um dia mais tranquilo ? Bem, pode ser.

Porém, depois de toda a 1ª parte da saga de Tom Construtor é revigorante poder ter a racionalidade de uma explicação alheia de que talvez, induzido pelo fato de outros estabelecimentos já voltarem a sua rotina nessa próxima segunda, eu também tenha minha rotina totalmente normal a partir do 17º dia do mês.
É, sei que será bom estar em casa de novo.

E será bom ver grande parte da minha família de novo.

Porque claro, apesar de maioria, não são únicos.

E, novamente, agradeço por partilharem sua existência.


"you don't know how lovely you are." (The Scientist - Coldplay)

06 agosto 2009

30 Dias

As noites tem se dividido em dois tipos: as claras e as escuras.

O primeiro tipo de noite faz com que talvez entendamos assuntos passados que foram mal encerrados.
Elas nos deixam mais tranquilos, nos tornam pessoas melhores por talvez enfrentar situações nunca antes confrontadas, e nos fazem pensar que apesar de todo os problemas passados, houve uma pequena diferença que apenas a razão não consegue decifrar.

Enquanto isso, as escuras nos deixam dúvidas, nos trazem angústias, nos proporcionam uma única direção de um beco sem saída, o qual geralmente me encaixo, talvez por opção, talvez por indução.
Além de tudo, as horas de sono dessas noites escuras usualmente são menores, seja pelo fato de querermos desmembrá-las até o fim, seja pelo fato de elas nos deixarem sonolentos sem dormir, pensando no que ela nos deixou para nossos sonhos.

Porém, apesar de as noites claras fazerem com que haja uma alegria (in)contida, pelo menos no nosso raciocínio, elas também geralmente são um pouco maldosas.
Com toda sua sutileza, nos lança dilemas, verdadeiros enigmas provindos da Esfíngie, que nos transtornam internamente pelo fato de, novamente, não terem explicação racional.
Mas, estando aquém do necessário para entender, aceito um prazo de 30 dias que se iniciou em 05/08, tendo eu um limite máximo em 05/09 o direito de entender seus questionamentos.

Bom, e talvez esteja mudando o foco, talvez mais constantemente do que deveria/poderia. Talvez estranhamente rápido.
Nem eu entendo o que acontece em meu subconsciente.

Talvez porque eu não tenha seu controle, mas alheios o tenham.

E além da Haplóide, de 68;2, vejo que mais um ser passa a se concretizar fortemente em mim, não significando que seja o único, nem esses três os únicos.
Sou maior que isso.
Talvez nem tanto, mas a importância alheia abrange mais do que eles.

Só que esse último tem um poder a mais: o de controlar as noites. Eu só posso aceitar e ver isso como um elogio.

É, a Lua tomou seu lugar.


"eu vou embora mas eu sempre volto atrás porque as noites são todas iguais." (Todas as Noites - Capital Inicial)

02 agosto 2009

Palavras Extremas

É, mais umas daquelas noites que inicialmente não teriam nada de mais mas que me fazem vir escrever.
E eu acabo tentando fugir deste novo e auto-deteriorável texto que faço.

A imperfeição que esse final do dia tomou foi extrema, e de pensar que tudo foi causado pelo simples (?) fato de que meu computador anda com alguns problemas.

Mas não devo colocar a culpa de meus atos nos outros.
Inicialmente, briquei demais.
Depois, falei demais.
E agora dessa vez, prometi o que não devia.

Não quero dar desculpas, mas pelo menos explicar que o porquê de ter feito isso era evitar um silêncio constrangedor que acabaria por sobrecarregar a Lua e faria dela uma pessoa sem escape, guardando assim todos seus transtornos.
Já me adaptei a tal infortúnio, mas não desejo isso pra ninguém.

E usando minhas "melhores" formas de pedir o perdão de alguém, eu deixo aqui registrado meu sincero pesar por, mais uma vez, ter falado demais.
Porém, sei que nada vai adiantar. É mais uma marca das minhas falhas, mas eu gostaria que ela deixasse isso ir como o vento que corre a Terra.

Porque a Lua talvez ainda não compreendeu o extremo valor que tem pra mim, a enorme importância que faz no meu dia-a-dia.
Ainda mais nesses dias.


"hold his head in desgrace, he can't escape the truth." (Billy - James Blunt)

01 agosto 2009

Ruídos Suínos

Bom, mais um fim de noite sem altos e baixos que me dê razões de sobra pra escrever. Mas, assim sendo.

Recebida até com contida euforia, a notícia de que eu terei mais uma semana de férias fez com que uma repensada fosse executada sobre esse fato.
Terei que esquecer novamente tudo que tinha voltado, e deixá-lo ir por mais uma semana.
Não que seja bom nem ruim, mas justo na hora que eu estava começando a perceber que era um pouco de exagero, que meu fusca ainda tem salvação, levo esse baque. Sim, repentino, e acho que de certa forma impensado, mas no final, uma semana a mais.

Bom, sendo assim, temos tirados 5 dias de reclamações, angústias, risos e alegria. Novamente a pergunta sobre a bondade ou maldade de tal ato. Não saberia responder.
Só espero que a próxima volta seja tão boa quanto essa.
E não quero que seja melhor pelo eterno medo de mudança que acarretaria, talvez, em certas diferenças que eu não quero.

Mas hoje, especialmente, presenciei ideias que eu não queria nem que existissem, mesmo que não fossem minhas. E elas, especialmente semelhantes.

Primeiramente, por ordem cronológica, tive que começar a repensar sobre meu exagero de brincadeiras, que intentam todas as vezes por tirar um sorriso, mínimo que seja, da outra pessoa. Sempre gostei de ver os outros sorrindo, e sempre me cortou vê-los mal, sendo por isso que fiz um pacto de não dizer certo pedido. E, por certo, dessa vez não foi diferente, mas talvez tenha tocado num ponto inerente à minha pessoa. Um ponto que não devo falar absolutamente nada, cometendo mais um erro.
Depois, mais tarde, a agonia alheia se transmitiu por causa de pensamentos impróprios que deveriam ter se guardado no mais profundo inconsciente, fazendo com a falta de auto-estima momentânea nunca houvesse existido, evitando assim um amargo sentimento de impotência, que sempre me transtornou, causado pelo fato da pouca ajuda que eu poderia prestar naquele momento de tristeza. Maas, as palavras que disseram que eu ajudei me reconfortaram.

Mas hoje acho que já consigo tomar uma posição melhor dentre as coisas que me constroem até aqui, e acho que já sei bem quais são.
E bom, acho que elas se resumem abaixo:

.._
| _ |
| _ |

Não é painel de led's, muito menos algum tipo de componente eletrônico. É todo um alfabeto (inicialmente, 5 letras) que resumem a maior parte de mim.

E assim, eu continuo tentando tirar risada de alguns e ajudar outros, por mínimo que isso seja, para fazer com que tudo seja um pouco melhor.


"that you flash as you walk through my door into my life." (Into My Life - Men at Work)

27 julho 2009

A Volta dos Que Não Foram

E voltamos.

Voltamos para me mostrar que realmente eu havia "previsto" certamente quanto à 2009, que meus medos se tornaram realidade, até acima do que eu esperava, tomando proporções inimagináveis.

Voltamos para perceber que eu possa mesmo estar aquém do normal, aquém em relação ao último ano.
Motivos ? Não sei nem saberia explicar porquê.
Não é arrogância, prepotência, não é nada. Simplesmente não sei explicar porque talvez tenha mudado tanto.

E assim meu fusca vermelho, que sempre prezei tanto, vem se destruindo. Por minha culpa, é verdade.
Talvez não tenha sabido dar o seu valor, e acabei por deixar cair no chão, perder o parachoque, quebrar seu volante e deixar seus bancos ao léu dentro de sua lataria. Nem mesmo os pneus estão devidamente em seu lugar.
Pois é, estou perdendo-o com o tempo, e assim só consigo enxergar um panorama que daqui a um tempo ele estará guardado, com carinho é verdade, em um lugar onde só me dará lembranças de um tempo no qual eu ainda poderia friccioná-lo e ele ainda me atendia.

Não devo fazer com que ele me destrua tanto, pois tenho outros motivos para alegrar, apesar de sua quebra. Não é apenas ele que controla meu humor, minhas risadas, é apenas uma parte dele. A outra também se concentra fortemente guardada, fortemente concretizada em mim. E tem sido essa outra parte, repleta de outros infinitesimais pedaços, que tem me dado alegrias e expectativas.

Mas é inegável, ele faz diferença. E eu só gostaria que ele entendesse isso, meu lado, meus perdões quanto às suas rupturas e contusões.

E além do medo de zerar tudo e recomeçar em outro lugar, eu estou me decidindo cada vez mais por ir.


"não quero medir a altura do tombo, nem passar agosto esperando setembro." (Bandeira - Zeca Baleiro)

25 julho 2009

Supremo Tribunal Federal

Parece que procuro.

Procuro razões, motivos, circunstâncias apenas para provar a veracidade - ou não - de algo passado que momentaneamente me fez bem, mas devido a discursos alheios posteriores, pude ver um outro lado, uma outra perspectiva do mesmo.

Talvez devesse deixar tudo quieto, não raciocinar, deixar pra trás tudo que provavelmente não desceria bem.
Porque simplesmente não há motivo para rever tudo que ocasionou um certo conflito interno/externo. Não conflito no pior sentido, mas pelo menos uma leve discussão quanto à verdade ali posta.

Pois ao voltar e rememorar tenho confirmada a certeza de que serei sempre, e talvez o único, prejudicado nessa história toda, porque foi a mim que se contrafez essa indelicada situação.

Mas, esperando que tudo possa voltar ao normal (?) na próxima semana, me sinto um pouco mais confortável ao saber que dessa vez terei motivos de sobra para permanecer com a cabeça cheia durante o semestre a seguir.

Porém, como todas as vezes que tento esquecer e planejo colocar temporariamente de lado, minha própria mente me trai, sei que terei apenas um confortável espaço pra me distrair.

Já tenho me acostumado a esses próprios atos secretos.

E além de tudo, me reconfortar apenas com músicas virtuais.


"ê por dentro da caixa preta tudo vive, ê por fora dessa dor só verão." (Calipsoê - Skank)

23 julho 2009

16

Mais um completado, e uma sensação estranha se apodera de mim.

Um ano a mais foi completado e com ele vieram expectativas, ideias, constrangimentos, risos etc. Como sempre, bons e ruins, altos e baixos.
Mas também vieram marcas que provavelmente carregarei para sempre, que me deixaram na berlinda por não poder demonstrar reação ou não conseguir explicitar.

Foram novas recompensas, novas provas, novas indagações e novas pessoas. Velhas conhecidas, mas que sempre se renovam e estão cada dia melhores e melhorando nossa aparição.
E tudo isso por um velho fator que também está se renovando e ficando cada vez menor, já nos dando o extremo valor que nos foi dado ao conseguir chegar até ele.
E não só por ele, mas também pelos seus externos, que nunca foram esquecidos, que me levaram a compreender a diferença sinfônica/filarmônica, que viu que Parkinson toca piano, que me conheceu um dia antes de meu óculos, que vai me conhecendo melhor, desde a 3ª série, que me acompanharam na jornada pré-CTUniana e todos aqueles outros que eu provavelmente ficaria todo um dia falando, mas que apenas posso agradecer sua existência.
E aquele, que por tão pouco tempo que ficou, por tão sincero ter sido, eu espero rever numa nova viagem, pois realmente sinto a falta de seu companheirismo.

Família. 2ª família.

São considerações findas e inacabadas que nunca poderão expressar o verdadeiro valor que tem aqueles que me fizeram crescer mais um ano.

E que quero que me façam crescer e progredir cada vez mais e mais, melhorando assim meu ser e me deixando mais feliz por poder compartilhar um pouco da vida deles.
Um pouco da vida de cada um.

Um pouco de cada um em minha vida.


"feliz aniversário, envelheço na cidade." (Feliz Aniversário - Ira!)

18 julho 2009

Aparições

Sinto-me bem, em paz.

A manhã, apesar de repentinamente fria, voltou-se a seu melhor formato possível, trazendo consigo tarde e noite sucintamente boas.

As tão indizíveis e inesperadas férias parece que se acomodaram trazendo-me calma, deixando um pouco de lado aquela sensação gélida de que tudo estaria se acabando.
Mas não, agora tudo parece melhor, elas não tem mais deixado sensações de peso, mas de refresco, de alívio, de calmaria.

Tudo pareceu se resolver depois de uns dias de intensa exaustão mental.
Provavelmente ela deve ter se acostumado a ser despertada, no mínimo, às 10h30, e de ir repousar, no mínimo, às 00h30, fazendo-se feliz por ter apenas compromissos próprios (que requerem disciplina, é verdade, mas próprios).
E se assim é, com leituras extensas, rotina perfeitamente estabelecida e tida com felicitações, prefiro continuar até que tudo se volte.

Porque não há motivos para problemas, porque dia 27/07 (feliz ou infelizmente), torno a ter tudo que me anima durante o ano normal, além de suas respectivas presenças, haplóide e 68;2.

Não há razões de preocupação. Ainda mais que para termos 27, passamos por 21 e 23. E que assim seja.

E que a manhã de amanhã traga tão bons ares quanto foram os de hoje.

Porque hoje sim, foi um bom dia.


"separô o silêncio da dor me trazendo alegria." (Separô - O Teatro Mágico)

17 julho 2009

Tarde Essência, ou Tardecência

A noite parece me deter alguns pensamentos em ordem e livrá-los do pandemônio existente no lugar de onde vieram.
Assim, encontram eles paz exterior, já que postos, mesmo que improvisados, em um lugar onde manterão sua forma, podem degustar um pouco da calmaria que lhes foi proposta.

Tudo para refazer o que canso de repetir, mesmo em linhas diferentes, mas com a exatidão semântica de todas as outras vezes.

Faltando uma semana exata - talvez nem tanto assim, pois os 16 completar-se-ão às 09h05 - eu vejo que nada que vinha existindo pra trás traz a mim tão boas recordações quanto aquelas que faço existir.
Tão maldosa sendo ...


esculturalembrançasideiasesquecimentos
haplóide68;2nostalgiaférias
tardesuposiçõesideais"brigas"desculpas
mentepedidoslamentosinterna
falaimportânciapalavrasrepetições
caninosanjosinternetmágicosmúsicatrecho


É tudo que consigo pôr, ou deixar de pôr, no meio de minhas palavras agora.

Porque na espera de alguns minutos pela vinda de mais situações produzidas para serem vistas, essas palavras sem sentido fizeram um 'resumo' do que me consome. Ou, por tão porcamente feitas essas linhas, elas talvez não mereçam a atenção.

E deveria esquecer. Linhas, traços, perguntas e respostas.

Para talvez não fazer muita questão de relembrar e ressentir.

Mas já é mentira. Eu sei que farei questão de lembrar.

Lembrar, e relembrar, e rememoriar novamente.
Para sempre.


"night after night my heartbeat shows the fear." (Overkill - Men at Work)

12 julho 2009

Pintura Tecnológica

Um fim de noite que não merecia mais nenhum ponto a favor, porém nenhum contra.

Aí, um daqueles eternos fatos que me fazem remoer até hoje me aparece com um tipo de pintura, de escultura, digna de Rafael Santi ou Michelangelo, que me faz estremecer.
E a sua presença conjunta com a estrutura me deixa mais uma vez nocauteado dado a imensa presença natural dos dois seres, serenos e infinitos em seu estado.

Um deles sabe que sempre fui obstinado por uma dessas pinturas, mas elas se multiplicaram, fazendo da minha felicidade um tanto pouco maior do que era, pois consigo apreciar em várias direções o mesmo fato.

E não me cansarei de dizer, falar novamente e repetir que sempre fui aprisionado por aquela pintura que juntou tudo que me resumia. E talvez até por empolgação faça eu certos comentários que já me derrubaram anteriormente, e que se eu insistir, possam voltar a fazê-lo.

Bom, e de uma noite que prometia apenas mais reclamações por minha parte, que viria a ser apenas mais algumas horas de inquieta distração que eu tentaria trazer a mim mesmo, se transformou em tudo isso que venho relatar: uma pintura, uma ideia, umas lembranças, um texto.

Um texto, um mísero texto, que tenta reproduzir todo um turbilhão de pensamentos causados por um tipo de escultura que deveria ocupar locais mais bem representados do que o Parthenon, do que Olímpia, do que o Panteão e tantos outros mais.

Porque apesar disso tudo, haplóide e 68;2 já conseguiram seu lugar de destaque.

Assim eu vejo.


"this is how you remind me of what I really am." (How You Remind Me - Nickelback)

10 julho 2009

Nostalgia Futura

Tempos à toa, tempos para pensar.

Esses momentos são justo aqueles em que a monotonia me consome, como por exemplo uma janela de ônibus mostrando a cidade que passa por mais um dia.

Um estremecimento bate, um frio gela a mente que imagina a frente, uma vida sem as atuais razões, sem as atuais propostas, sem os atuais protagonistas, me deixando por lembrar apenas as horas que já foram e que estão por ir.
Me sinto um tanto quanto constrangido por pensar que daqui a alguns anos tudo será apenas uma memória, apenas uma lembrança, e não mais um fato como sempre quis que continuasse sendo.

Mas não tenho como controlar, não tenho como fazer com que tudo continue assim, porque a ideia é essa: que tudo passe deixando apenas lembranças.

Lembranças, histórias, momentos, memórias.

Porque a beleza do momento se constitui nisso, no fato de ele ser passageiro.

E nos deixar com eternos remorsos de ter, talvez, feito com que tudo fosse melhor.


"hoje o tempo voa [...], escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir. Não há tempo que volte." (Tempos Modernos - Lulu Santos)

08 julho 2009

Retiro Forçado

Pelo título, pode ser possível se pensar que estou totalmente obrigado a me retirar do lugar que me faz tão bem.
Não deixa de ser verdade, minha vida se dá mais por lá do que em qualquer outro.
Mas necessitávamos desse retiro. De 19 dias, que nos darão possibilidade para nos renovarmos, e sermos novamente eternos por todos os passos os quais deixamos.

Mas dizer que não sinto saudades é mentira.
Uma manhã quase que ao léu é uma maravilha. É uma extrema e bondosa maneira de se perder o tempo, melhor do que qualquer outra coisa, apesar de todos os pesares numéricos.
Principalmente por contar com fatores externos.

E não posso negar, lá é minha casa, eles são minha 2ª família, eles são de extrema importância.

Tudo que já foi dito não pode ser negado, os fatores citados continuam a me influenciar de um modo o qual me deixa com dó durante essas férias. Sentirei suas faltas.

Não para um, não para outro, é para todos.

E agora, que tudo recomece de uma nova forma, de uma bela e indescritível forma que virá a marcar, de um jeito mais forte, tudo que já se foi.

Porque nem tudo se foi. Tudo ainda continua. E que assim seja.


"se isso é bom ou ruim, não faz mais diferença." (Indiferença - Móveis Coloniais de Acaju)

01 julho 2009

Angiospermas Magnéticas

Tranquilidade estranha.

Tudo tranquilo, tudo certo, tudo bem.
Mas nem tanto.

Não sei nem ao menos descrever.
É provável que as razões sejam as mesmas de sempre, que me fazem escrever e descrever toda uma aglomeração de ideias e transtornos que dão vida aos textos.

Parece que a ''mágica'' se finalizou, para que já não há mais motivos para escrever.
Ou talvez haja, mas não por enquanto, não por agora, onde o semestre segundo já se inicia com vontade de superar o primeiro, pois já haverão sustos na sexta e, provavelmente, na próxima quarta.

Mas não sei, parece que por hora não tenho mais motivos para escrever.
Mas é certo, daqui a 26 dias já estará na hora de voltar com tudo.
Claro que com motivos concretos, mas antes já será o momento.

Motivos concretos.
Pequenos e sendo metade.

Mas concretos. Fisicamente e abstratamente.


"please, now talk to me, tell me things I couldn't find helpful, how can I stop it now ?! Is there nothing I could do ?" (I've Been Losing You - A-Ha)

26 junho 2009

Nell'autoscatto di Noi

Não importa, não faz sentido mais.

Por que continuar insistindo internamente que tudo está perfeito, quando não está?
Por que agir como se estivesse tudo normal, se não está?

Realmente parece que estou a um passo da esquizofrenia, pois já não suporto toda a carga que me é proposta. Principalmente, pela célula.
Porque ela me deixa transparecer uma sutil e presente.. não diria indiferença.. "desimportância" em relação a mim, que provavelmente já não sou o mesmo de antes.

Não sou o mesmo que a contemplava no último ano, nem o mesmo que era tão bom com todos.
Não sou o mesmo que esperava horários a mais pra poder estar um pouco mais lá, a toa, com todos.

Mas sinto falta de quando tudo estava certo, de quando eu ainda fazia diferença, de quando ninguém se distanciava.

Hoje tudo vive como uma lembrança.
Uma lembrança que acalora e que queima.
Uma lembrança que acalma e inquieta.
Uma lembrança que quer viver e prefere morrer.

E só consigo rememorá-las por tê-las guardado como uma imagem na memória.
Uma foto, que ninguém mais apaga.
Porque por mais que eu não queira, por mais que me faça mal, são essas fotolembranças que me farão pensar se estava certo ou não. Se deveria ter mudado minha atitude ou não.

E minha previsão inicial tem se confirmado sorrateira e tragicamente, como assim havia profetizado.

E parece que, enquanto o tempo da previsão não se for, tudo continuará como está, e ela será quem sempre foi, com seus altos e baixos, normalmente, sendo a mesma estrutura que é, enquanto eu continuarei mudando pr'ela.

Espero que num ponto reversível.

Porque se não for assim, nada mais importará, nada mais fará sentido.

Não a mim.


"não tem cura, acho que me perdi numa excursão que fiz na tua, na tua certeza e na contradição, [...] na tua palavra e no teu palavrão." (Uma Parte que Não Tinha - O Teatro Mágico)

21 junho 2009

Perda Valorosa

Tranquilidade inoportuna, que se diga de passagem, de um recesso um tanto quanto forçado.

Talvez eu tenha descoberto a forma de ficar um pouco mais tranquilo, de passar os dias sem uma maior preocupação com o resto de tudo.
Não querendo isso dizer que esqueci, mesmo que momentaneamente, pois não há como.

Maas, não deveria eu ter com que me preocupar, já que tenho prova de que seria instantaneamente repreendido caso fizesse algo que não fosse aceitável.
Porém, mesmo assim, mantenho o pensar bem antes de qualquer movimento que possa vir a causar conflito pra não ter que encarar algum tipo de distanciamento, algum tipo de isolamento pessoal.

Isolamento não em seu âmbito geral, mas em seu quesito definitivo.
O quesito que me aprofundaria num constrangimento maior.

E não são textos virtuais que encontro ao léu que me fariam melhor, que me fariam parar para pensar. Em algo além, que se diga de passagem.

Tudo pra tentar evitar uma perda. Perda que talvez já tenha ocorrido, tentando evitar uma maior.

Porque como muito bem dito, só ''damos valor depois de perder''.

E não quero nem pensar nisso.

Nem pensar. Não nisso.


"não sei porque nessas esquinas vejo seu olhar velejando, viajando [...] e eu aqui, a comer poeira que o sol deixará." (Canção Noturna - Skank)

18 junho 2009

Meu Primeiro Móvel

Já me acostumei a me debater comigo mesmo.

Mas até hoje o arrependimento em relação à haplóide me consome, imaginando até que poderia ter sabido de sua existência anteriormente de me inserir no que hoje tanto prezo, no que hoje tenho tanto medo de que acabe, no que prefiro que não se vá.
E a outra 68;2 continua também me influenciando, facilmente testado como sou. Eu não sei se essa é a intenção, mas continua me apertando, continua indicando e deixando de indicar, me deixando mais confuso do que o normal.
Mais do que eu preciso.

Porque além de tudo tenho que lidar com o fato de não saber como agir defronte à descobertas alheias.
Mas não tenho eu que me meter, pois, se perceberam, é mérito pessoal.

E assim eu prefiro agir como sempre, com um sorriso na cara, sempre bem, sempre rindo, brincando, felicitando todos e tentando fazer com isso seja uma constante.

Mas o principal em mim fica para trás, até mesmo por opção.

Porque além da estrutura de número metade sou obrigado a ficar à mercê de mais um ser.
Mais um, número excessivamente desnecessário.
E não é isso que eu preciso.
Não preciso de preocupação exagerada.

Sei que não irei deixar de pensar, mas não tenho a necessidade de me preocupar com alheios, pois sempre haverão a quem pedir apoio.

E acho que eu não me enquadro. Talvez por não merecer.

Por não merecer nada. Nada mesmo.


"minha doce dor se esconde por trás de um sorriso comprado, corrompido, feliz, fingido." (Seria o Rolex ? - Móveis Coloniais de Acaju)

14 junho 2009

Normalidade Dominante

O feriado se passou.
Eu perdi boa parte dele lutando com minha mente e suas garras famintas sem controle que me assolavam e faziam de mim refém de meu próprio pensamento.

Algo mais normal ? Talvez não.
Tão normal quanto a semana a vir com a segunda-feira nos tirando da monotonia e nos abstraindo da palidez motivacional que apenas o descanso intenso traz.

Espero que a discussão sobre o futuro do planeta me distraia e dê motivos pra me esquecer, mesmo que por apenas 1h, 1h20, de pensamentos que me tiram totalmente do sério, buscando do interior a velha ideia, tanto da célula quanto do então "erro" (por hora fica nesse modo por não ter outra denominação), que me afligem constantemente.
Mas, enquanto isso eu busco suporte na primeira, que mesmo tendo dito frases que eu rememorarei por tempos e tempos, que mesmo tendo sido horas que eu não deixarei escapar da lembrança, que mesmo sendo uma das pessoas as quais eu provavelmente nunca esquecerei, tem me constrangido.

Não é por culpa dela, eu não posso dizer isso, mas também não é inteiramente minha.

Porém não poderia preferir algum outro local, outrém.
Seria uma escolha um tanto quanto precipitada, uma ousadia à qual eu não poderia estender minha mão.

Preferindo essa situação a qualquer outra, eu ainda espero que a célula tome vida e faça eu entender.
Porque ainda vai demorar pr'eu esquecer.

Talvez anos. Talvez décadas.

Talvez nunca. O que é mais provável.


"take me to the magic of the moment on a glory night, where the children of tomorrow share their dreams, with you and me." (Wind of Change - Scorpions)

12 junho 2009

Volta Estática

Feriado. Dias à toa. Dias para talvez reiniciar minha eterna tarefa de leitura.

Para talvez evitar a nostalgia.
Nostalgia dos dias que não era necessário ter tanta preocupação com as tardes profissionais.
Nostalgia dos dias que reclamávamos de seres que supostamente foram postos à nossa frente por motivos de força maior, apesar de repulsarmos esse mesmo indivíduo.
Nostalgia das folgas que tínhamos por causa de bobeiras, por causa de sumiços, os quais aprendemos a lidar depois de um tempo.
Nostalgia de quando parávamos e olhávamos para o nada, esperando a hora passar.

E é por causa dessa nostalgia que eu perco minhas horas rememorando e me contorcendo mentalmente de uma época, estaticamente próxima, na qual eu não sentia a controvérsia que hoje me paira.
Mas foi nesse mesmo tempo que eu não sabia (e até hoje talvez não saiba) dosar minha atenção.

Foi aí que eu deixava de recorrer a quem hoje denomino haplóide para o meu suposto erro.
E foi aí que eu não percebi que era realmente importante, pois a recompensa por meus méritos já aparecia um mês após o conhecimento.

E eu deixei de ver que hoje poderia ter lugar de magna importância para certas estruturas.
Não teria a capacidade de ver o futuro, mas qualquer bom senso bastaria.

Porque apesar de eu não ser de real diferença, a recíproca é inversamente real.
A célula, sim, tem uma importância gigante a mim.

Por isso, continuo pedindo uma passagem de volta, porque isso não depende apenas de mim.


"será que todo dia vai ser sempre assim ?" (Sempre Assim - Jota Quest)

07 junho 2009

Semelhanças Suíças

Impulsionado pelos alheios, volto eu para o tão saudoso, e tantas vezes sôfrego, peso da escrita.

Penso que já não devo mais tecer comentários sobre a haplóide. Já disse tudo o que eu podia, tudo que eu deveria, preferindo agora não me desgastar mais sobre o assunto.
Não que ela me desgaste, pois é um prazer comentar sobre os benefícios que me trouxe. Sendo inúmeros esses.

Mas também, ao mesmo momento, me lembro de tudo que já foi, pesando meus erros numa balança de prato único, onde ela tende sempre para o lado em que me debato contra mim mesmo, vendo que poderia ter feito de um modo diferente, para que talvez pudesse hoje ser um pouco melhor.

Mas não. Me corroía pelo mesmo fator, talvez errôneo, que hoje corroo. E cada vez mais me comparo a um queijo, incessantemente sendo destroçado por ratos famintos que acabam por me destruir.
Porém eu me reconstruo. E novamente eles vem e redestroem.

Mas sei que verdadeiramente me consumo por tudo que poderia ter sido feito pela célula.

E vejo que essa será, por um bom tempo, a minha perdição.

"couldn't escape from you, couldn't be free of you, and now they know there's no way out." (Wiseman - James Blunt)

05 junho 2009

Um Circo Sem Palhaço

Dia Mundial do Meio Ambiente.
E o mundo continua a procura de energias renováveis que mudarão a forma de vida, econômico e socialmente falando, melhorando o quesito ambiental do planeta. [...]

E daí ?

Eu pensava que quando alguém desmistificasse minha escrita, eu ficaria feliz, me sentiria bem que alguém, além de mim, entendesse o que eu estaria dizendo.

Mas não foi o que aconteceu. Passei a me sentir como um mágico sem truques. Um ano sem meses. Não sei nem mais como explicitar minhas ideias.
Não é culpa dela, ela apenas fez o que devia fazer, e como interpretadora entendeu bem o que o seu reles autor quis dizer, o que o miserável que lhes escreve tentou transpassar através de toscas linhas.

E como vou continuar escrevendo, se até agora não consegui pensar numa forma de aceitar que alguém acertou meus "enigmas", e que não é por causa disso que eu devo desistir ?

Tenho medo. De escrever algo que não deveria, e acabar por encerrar uma tênue linha de círculo social com a qual tanto prezo, e com a qual tenho tanto zelo.
Zelo esse causado pelo fato de ser quem é. Por isso prezo na excessividade.

Nem sei como continuar. O medo me perturba. Pode ser que haja erro de entendimento, e eu perca aquilo que sempre prezei por ter. Realmente perco a fala.

[bom, acho melhor deixar pra lá ;)]

"now, when you work it out I'm worse than you." (God Put a Smile Upon Your Face - Coldplay)

03 junho 2009

Reforma Ortográfica

Minha pequena estrutura de metade do número de cromossomos já me entendeu (?), já me deu sua compreensão, já aceitou meus pedidos e acatou ideias que vagavam sem rumo, me ajudando a deixar tudo mais limpo, mais tranquilo.

Mas a razão da minha inquietação é outra. Não é nenhuma outra célula, nem nenhuma estrutura menor.
Não sei se a intenção que tem é provocar, mas eu devo continuar a pensar na última vez, nos 92%, para ver que tudo não passou de uma simples variação, momentânea, de ideias.
E, mais uma vez digo que, quem foi o responsável por essa compreensão foi a haplóide. Se não é, é quase perfeita.

Fato é que eu me deixo levar pela provocação sem intenção, me deixo levar em algo surreal, que só vive na minha mente. Mente essa que tenho vezes de poder parar de ser tão imaginativo, e deixar tudo correr normalmente, sem imaginar o futuro, sem pensar, principalmente, nos problemas que poderão ocorrer.
Ou, também, parar de pensar em todas as situações confortáveis que eu passaria se todos os fatores virassem ao meu favor. O que penso que não acontecerá.
O porquê ? Mal sei distinguir uma factual intenção de algo que só eu vejo. Como conseguirei entender o porquê ? Eu gostaria, mas não. Não sei.

E agora outro porquê. A interrogação entre parênteses do início também tem sua explicação. Será que realmente a célula me entendeu ? Eu adoraria que sim, mas não tenho certeza. Nunca soube de nada.
E gostaria que, se fosse o caso, ela "tomasse vida" e me dissesse o que acha. E novamente, eu espero.

Não com as mesmas expectativas da segunda, pois não é o mesmo caso. Mas sim, espero.

"cause you know sometimes words have two meanings." (Stairway to Heaven - Led Zeppelin)

31 maio 2009

De Salvador Dalí para Machado de Assis

Mais uma semana se inicia, e com ela vem mais causas para eu me abastecer.
Mais alguns sérios dias de trabalho que devo cumprir.

E não gosto de segundas. Pelo fato de ter que acordar cedo logo após um intenso (ou não) descanso com longas horas de sono ? Não.
É que a segunda me traz à realidade que o fim de semana me escondeu, me mostrando que palavras podem ser ditas ao léu.

Não aconteceu nada de excepcional, mas já tenho alguns relatos em que a segunda me trucidou as ideias e preferiu me devolver à nostalgia dos fins de semana. Dessa vez, nada de novo, por isso não tenho tantas esperanças e diferenças para o novo início. De qualquer jeito, apenas espero que tudo continue no ritmo, e que certas insistências "surreais" não sejam apenas fictícias, mesmo que não sejam totalmente o que queriam dizer.
Apesar disso tudo, outro fator é a célula haplóide, que já me deu motivos suficientes para eu ver que não posso pedir mais nada dela. Eu que devo desculpas por determinados motivos. E termina por melhorar meus dias.

Ao menos, terei tempo para treinar minha suposta habilidade com lápis e papel.

E a segunda vem. E eu espero. Espero.

"me perguntou se eu precisava de alguma coisa ali. Eu disse 'sim, uma resposta'. Mas a pergunta me assusta." (Os Ofendidos - Skank)

27 maio 2009

A Meta

Continuo na espera da compreensão da célula haplóide.

Ao menos que ela entenda o que eu já cansei de perguntar, o que sempre me chateou e me fez arrepender de atos meus.
Sempre a mesma, independente de como esteja por dentro, e eu sempre exagerando, talvez, num ponto além do necessário.
Imagino eu que, por causa desses atos, tudo viria abaixo antes de 2010.
Com todo o meu sincero desejo, não quero isso.

Já que, nesse ano, não tenho escapatória, e a estadual paulista me constrange justamente por esse fato de ir pra longe.

Sim, eu quero ir. Não, eu quero ficar.

E hoje vejo que a pequena estrutura tem mente potentíssima, ao conseguir explicar, e até me fazer entender o que foi exatamente que tinha acontecido no dia dos 92%.

E, mais uma vez, ela estava (e está) certa. Prefiro aquele erro, apesar de continuar me chamando, distante.
Mas que fique claro que não há nenhuma dependência, além da presença para melhorar meus dias. Mas apenas do jeito que era no início dessa etapa e do jeito que é, e do jeito que eu espero que sempre, até o dia que ela não me aguentar mais, seja.

Nada de mais. Talvez apenas perdoar meus erros desde o início, que só depois percebi quão bom foi, e que eu continuo lembrando e com fortes esperanças de que volte. Só isso.

Porque, se melhorar estraga.


"what if you should decide that you don't want me there in your life, that you don't want me there by your side ?" (What If - Coldplay)

22 maio 2009

O Lado Mais Distante do Mundo

É pura besteira minha achar que foi atípico.
Não há diferença entre antes e depois.
Sou eu que estou chamando, talvez, a vontade de pensar que aquele dia foi excelente e depois tudo foi normal, monótono, simples. Não foi, está tudo dentro da normalidade, aquele que não foi usual, mas nem por isso o resto dos dias tiveram que ser piores em relação àquele.

O incomum seguido do comum me trouxe à ideia de que não era a calmaria que seguia a tempestade, mas sim:

"depois da calmaria, a tempestade."

Não posso afirmar com nenhuma certeza o anterior, pois não sou nenhum Mestre dos Mares. Mas também navego entre a dúvida de derrotar meu inimigo e levar os feridos para casa. Espero que o meu HMS Surprise tenha o mesmo destino do seu homônino da sétima arte. E que os Acheron's sejam poucos.
Talvez não seja coisa alguma, eu que insisto em procurar.

E assim, preciso de nada.

Talvez de apenas uma célula haplóide a mais.

"que o teu afeto me afetou é fato, agora faça-me o favor." (A Fé Solúvel - O Teatro Mágico)

20 maio 2009

O Anjo de Hitler, meu Móvel Mágico

4 referências. 1 fonte.

Antes de tudo, peço desculpas sinceras a qualquer um para o qual eu tenha falado mal da Germânia. Depois de ver um filme alemão sobre seu mais famoso e louco governante, dá pra ver que ele não era mal, era apenas quem ele precisava de ser, e que "seu país" não soube viver sem ele, pelo efeito de todos os seus atos, que reanimaram a moral germânica, levando o país a condição de 1ª/2ª potência mundial.

Maaaaaas, uma quarta-feira absolutamente anormal, mas que fez uma diferença absurda.

Percebi que não são apenas filmagens que podem reproduzir fielmente um lugar, que se pode muito bem lançar uma ideologia forte sem fazer disso um mar de expectativas frustrantes no fim das contas, que 5min de atraso não são nada.
Aprendi como são feitas montagens de circuitos reais, mas nada disso faz nenhuma diferença.

Toda a correria só me mostrou a importância que os outros podem adquirir na nossa vida, fazendo até uma mudança de ideia sobre qual profissão seguir. Espero que o fato do "mundo se encerrar em dezembro de 2010" não interfira nesse processo. Espero que nada interfira nesse processo.
Assim, realmente o mundo acabaria.

Terra, Ar, Fogo, Água.

"la prova che dimostra quale effetto hai su me." (Primavera in Anticipo - Laura P./James B.)

17 maio 2009

Receita de Domingo

Domingo, inicialmente o dia do descanso.

Descanso corporal, apenas. A mente não para, até mesmo por vontade. É estranho o fato de continuar me remoendo porque eu mesmo quero. Não sei se quero, mas não tenho como deixar o que já me foi escrito.
Começo com Zeca Baleiro e Skank. Pode ser que por causa deles eu acabe lembrando o que deveria esquecer, mas como já me foi dito que tudo aquilo não se passou de um simples uso, eu já prefiro olhar para os bons lados do que me cerca, e ver que nem tudo está perdido.

E na espera de uma segunda que me devolva o espírito habitual, uma segunda que encha de problemas e que eu não tenha tempo para pensar em nada, eu fico por aqui.

"eu teria as tardes que sempre me passarão como imagens, como invenção." (Ali - Skank)

Abre Aspas

A ideia me foi dada. Nem fui eu que inventei a criação.
Pois bem, hoje estou aqui, no início da madrugada de domingo, depois de me frustrar com um sábado com alguns maus resultados. Futebolísticos, que se diga de passagem.
Nada que eu me importe demais, mas que me distraem.

Distração de assuntos que atormentam minha cabeça e acabam me fazendo pensar no que acabo fazendo, se devo fazer de outra maneira para torná-la (a ação) mais agradável a algo ou alguém.

E com essas tentativas de distração eu inicio, e com essas tentativas continuarei, seja em noites de sábado, tardes de domingo, inícios de semana, o que for.

E com o pé direito, começamos.