27 julho 2009

A Volta dos Que Não Foram

E voltamos.

Voltamos para me mostrar que realmente eu havia "previsto" certamente quanto à 2009, que meus medos se tornaram realidade, até acima do que eu esperava, tomando proporções inimagináveis.

Voltamos para perceber que eu possa mesmo estar aquém do normal, aquém em relação ao último ano.
Motivos ? Não sei nem saberia explicar porquê.
Não é arrogância, prepotência, não é nada. Simplesmente não sei explicar porque talvez tenha mudado tanto.

E assim meu fusca vermelho, que sempre prezei tanto, vem se destruindo. Por minha culpa, é verdade.
Talvez não tenha sabido dar o seu valor, e acabei por deixar cair no chão, perder o parachoque, quebrar seu volante e deixar seus bancos ao léu dentro de sua lataria. Nem mesmo os pneus estão devidamente em seu lugar.
Pois é, estou perdendo-o com o tempo, e assim só consigo enxergar um panorama que daqui a um tempo ele estará guardado, com carinho é verdade, em um lugar onde só me dará lembranças de um tempo no qual eu ainda poderia friccioná-lo e ele ainda me atendia.

Não devo fazer com que ele me destrua tanto, pois tenho outros motivos para alegrar, apesar de sua quebra. Não é apenas ele que controla meu humor, minhas risadas, é apenas uma parte dele. A outra também se concentra fortemente guardada, fortemente concretizada em mim. E tem sido essa outra parte, repleta de outros infinitesimais pedaços, que tem me dado alegrias e expectativas.

Mas é inegável, ele faz diferença. E eu só gostaria que ele entendesse isso, meu lado, meus perdões quanto às suas rupturas e contusões.

E além do medo de zerar tudo e recomeçar em outro lugar, eu estou me decidindo cada vez mais por ir.


"não quero medir a altura do tombo, nem passar agosto esperando setembro." (Bandeira - Zeca Baleiro)

25 julho 2009

Supremo Tribunal Federal

Parece que procuro.

Procuro razões, motivos, circunstâncias apenas para provar a veracidade - ou não - de algo passado que momentaneamente me fez bem, mas devido a discursos alheios posteriores, pude ver um outro lado, uma outra perspectiva do mesmo.

Talvez devesse deixar tudo quieto, não raciocinar, deixar pra trás tudo que provavelmente não desceria bem.
Porque simplesmente não há motivo para rever tudo que ocasionou um certo conflito interno/externo. Não conflito no pior sentido, mas pelo menos uma leve discussão quanto à verdade ali posta.

Pois ao voltar e rememorar tenho confirmada a certeza de que serei sempre, e talvez o único, prejudicado nessa história toda, porque foi a mim que se contrafez essa indelicada situação.

Mas, esperando que tudo possa voltar ao normal (?) na próxima semana, me sinto um pouco mais confortável ao saber que dessa vez terei motivos de sobra para permanecer com a cabeça cheia durante o semestre a seguir.

Porém, como todas as vezes que tento esquecer e planejo colocar temporariamente de lado, minha própria mente me trai, sei que terei apenas um confortável espaço pra me distrair.

Já tenho me acostumado a esses próprios atos secretos.

E além de tudo, me reconfortar apenas com músicas virtuais.


"ê por dentro da caixa preta tudo vive, ê por fora dessa dor só verão." (Calipsoê - Skank)

23 julho 2009

16

Mais um completado, e uma sensação estranha se apodera de mim.

Um ano a mais foi completado e com ele vieram expectativas, ideias, constrangimentos, risos etc. Como sempre, bons e ruins, altos e baixos.
Mas também vieram marcas que provavelmente carregarei para sempre, que me deixaram na berlinda por não poder demonstrar reação ou não conseguir explicitar.

Foram novas recompensas, novas provas, novas indagações e novas pessoas. Velhas conhecidas, mas que sempre se renovam e estão cada dia melhores e melhorando nossa aparição.
E tudo isso por um velho fator que também está se renovando e ficando cada vez menor, já nos dando o extremo valor que nos foi dado ao conseguir chegar até ele.
E não só por ele, mas também pelos seus externos, que nunca foram esquecidos, que me levaram a compreender a diferença sinfônica/filarmônica, que viu que Parkinson toca piano, que me conheceu um dia antes de meu óculos, que vai me conhecendo melhor, desde a 3ª série, que me acompanharam na jornada pré-CTUniana e todos aqueles outros que eu provavelmente ficaria todo um dia falando, mas que apenas posso agradecer sua existência.
E aquele, que por tão pouco tempo que ficou, por tão sincero ter sido, eu espero rever numa nova viagem, pois realmente sinto a falta de seu companheirismo.

Família. 2ª família.

São considerações findas e inacabadas que nunca poderão expressar o verdadeiro valor que tem aqueles que me fizeram crescer mais um ano.

E que quero que me façam crescer e progredir cada vez mais e mais, melhorando assim meu ser e me deixando mais feliz por poder compartilhar um pouco da vida deles.
Um pouco da vida de cada um.

Um pouco de cada um em minha vida.


"feliz aniversário, envelheço na cidade." (Feliz Aniversário - Ira!)

18 julho 2009

Aparições

Sinto-me bem, em paz.

A manhã, apesar de repentinamente fria, voltou-se a seu melhor formato possível, trazendo consigo tarde e noite sucintamente boas.

As tão indizíveis e inesperadas férias parece que se acomodaram trazendo-me calma, deixando um pouco de lado aquela sensação gélida de que tudo estaria se acabando.
Mas não, agora tudo parece melhor, elas não tem mais deixado sensações de peso, mas de refresco, de alívio, de calmaria.

Tudo pareceu se resolver depois de uns dias de intensa exaustão mental.
Provavelmente ela deve ter se acostumado a ser despertada, no mínimo, às 10h30, e de ir repousar, no mínimo, às 00h30, fazendo-se feliz por ter apenas compromissos próprios (que requerem disciplina, é verdade, mas próprios).
E se assim é, com leituras extensas, rotina perfeitamente estabelecida e tida com felicitações, prefiro continuar até que tudo se volte.

Porque não há motivos para problemas, porque dia 27/07 (feliz ou infelizmente), torno a ter tudo que me anima durante o ano normal, além de suas respectivas presenças, haplóide e 68;2.

Não há razões de preocupação. Ainda mais que para termos 27, passamos por 21 e 23. E que assim seja.

E que a manhã de amanhã traga tão bons ares quanto foram os de hoje.

Porque hoje sim, foi um bom dia.


"separô o silêncio da dor me trazendo alegria." (Separô - O Teatro Mágico)

17 julho 2009

Tarde Essência, ou Tardecência

A noite parece me deter alguns pensamentos em ordem e livrá-los do pandemônio existente no lugar de onde vieram.
Assim, encontram eles paz exterior, já que postos, mesmo que improvisados, em um lugar onde manterão sua forma, podem degustar um pouco da calmaria que lhes foi proposta.

Tudo para refazer o que canso de repetir, mesmo em linhas diferentes, mas com a exatidão semântica de todas as outras vezes.

Faltando uma semana exata - talvez nem tanto assim, pois os 16 completar-se-ão às 09h05 - eu vejo que nada que vinha existindo pra trás traz a mim tão boas recordações quanto aquelas que faço existir.
Tão maldosa sendo ...


esculturalembrançasideiasesquecimentos
haplóide68;2nostalgiaférias
tardesuposiçõesideais"brigas"desculpas
mentepedidoslamentosinterna
falaimportânciapalavrasrepetições
caninosanjosinternetmágicosmúsicatrecho


É tudo que consigo pôr, ou deixar de pôr, no meio de minhas palavras agora.

Porque na espera de alguns minutos pela vinda de mais situações produzidas para serem vistas, essas palavras sem sentido fizeram um 'resumo' do que me consome. Ou, por tão porcamente feitas essas linhas, elas talvez não mereçam a atenção.

E deveria esquecer. Linhas, traços, perguntas e respostas.

Para talvez não fazer muita questão de relembrar e ressentir.

Mas já é mentira. Eu sei que farei questão de lembrar.

Lembrar, e relembrar, e rememoriar novamente.
Para sempre.


"night after night my heartbeat shows the fear." (Overkill - Men at Work)

12 julho 2009

Pintura Tecnológica

Um fim de noite que não merecia mais nenhum ponto a favor, porém nenhum contra.

Aí, um daqueles eternos fatos que me fazem remoer até hoje me aparece com um tipo de pintura, de escultura, digna de Rafael Santi ou Michelangelo, que me faz estremecer.
E a sua presença conjunta com a estrutura me deixa mais uma vez nocauteado dado a imensa presença natural dos dois seres, serenos e infinitos em seu estado.

Um deles sabe que sempre fui obstinado por uma dessas pinturas, mas elas se multiplicaram, fazendo da minha felicidade um tanto pouco maior do que era, pois consigo apreciar em várias direções o mesmo fato.

E não me cansarei de dizer, falar novamente e repetir que sempre fui aprisionado por aquela pintura que juntou tudo que me resumia. E talvez até por empolgação faça eu certos comentários que já me derrubaram anteriormente, e que se eu insistir, possam voltar a fazê-lo.

Bom, e de uma noite que prometia apenas mais reclamações por minha parte, que viria a ser apenas mais algumas horas de inquieta distração que eu tentaria trazer a mim mesmo, se transformou em tudo isso que venho relatar: uma pintura, uma ideia, umas lembranças, um texto.

Um texto, um mísero texto, que tenta reproduzir todo um turbilhão de pensamentos causados por um tipo de escultura que deveria ocupar locais mais bem representados do que o Parthenon, do que Olímpia, do que o Panteão e tantos outros mais.

Porque apesar disso tudo, haplóide e 68;2 já conseguiram seu lugar de destaque.

Assim eu vejo.


"this is how you remind me of what I really am." (How You Remind Me - Nickelback)

10 julho 2009

Nostalgia Futura

Tempos à toa, tempos para pensar.

Esses momentos são justo aqueles em que a monotonia me consome, como por exemplo uma janela de ônibus mostrando a cidade que passa por mais um dia.

Um estremecimento bate, um frio gela a mente que imagina a frente, uma vida sem as atuais razões, sem as atuais propostas, sem os atuais protagonistas, me deixando por lembrar apenas as horas que já foram e que estão por ir.
Me sinto um tanto quanto constrangido por pensar que daqui a alguns anos tudo será apenas uma memória, apenas uma lembrança, e não mais um fato como sempre quis que continuasse sendo.

Mas não tenho como controlar, não tenho como fazer com que tudo continue assim, porque a ideia é essa: que tudo passe deixando apenas lembranças.

Lembranças, histórias, momentos, memórias.

Porque a beleza do momento se constitui nisso, no fato de ele ser passageiro.

E nos deixar com eternos remorsos de ter, talvez, feito com que tudo fosse melhor.


"hoje o tempo voa [...], escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir. Não há tempo que volte." (Tempos Modernos - Lulu Santos)

08 julho 2009

Retiro Forçado

Pelo título, pode ser possível se pensar que estou totalmente obrigado a me retirar do lugar que me faz tão bem.
Não deixa de ser verdade, minha vida se dá mais por lá do que em qualquer outro.
Mas necessitávamos desse retiro. De 19 dias, que nos darão possibilidade para nos renovarmos, e sermos novamente eternos por todos os passos os quais deixamos.

Mas dizer que não sinto saudades é mentira.
Uma manhã quase que ao léu é uma maravilha. É uma extrema e bondosa maneira de se perder o tempo, melhor do que qualquer outra coisa, apesar de todos os pesares numéricos.
Principalmente por contar com fatores externos.

E não posso negar, lá é minha casa, eles são minha 2ª família, eles são de extrema importância.

Tudo que já foi dito não pode ser negado, os fatores citados continuam a me influenciar de um modo o qual me deixa com dó durante essas férias. Sentirei suas faltas.

Não para um, não para outro, é para todos.

E agora, que tudo recomece de uma nova forma, de uma bela e indescritível forma que virá a marcar, de um jeito mais forte, tudo que já se foi.

Porque nem tudo se foi. Tudo ainda continua. E que assim seja.


"se isso é bom ou ruim, não faz mais diferença." (Indiferença - Móveis Coloniais de Acaju)

01 julho 2009

Angiospermas Magnéticas

Tranquilidade estranha.

Tudo tranquilo, tudo certo, tudo bem.
Mas nem tanto.

Não sei nem ao menos descrever.
É provável que as razões sejam as mesmas de sempre, que me fazem escrever e descrever toda uma aglomeração de ideias e transtornos que dão vida aos textos.

Parece que a ''mágica'' se finalizou, para que já não há mais motivos para escrever.
Ou talvez haja, mas não por enquanto, não por agora, onde o semestre segundo já se inicia com vontade de superar o primeiro, pois já haverão sustos na sexta e, provavelmente, na próxima quarta.

Mas não sei, parece que por hora não tenho mais motivos para escrever.
Mas é certo, daqui a 26 dias já estará na hora de voltar com tudo.
Claro que com motivos concretos, mas antes já será o momento.

Motivos concretos.
Pequenos e sendo metade.

Mas concretos. Fisicamente e abstratamente.


"please, now talk to me, tell me things I couldn't find helpful, how can I stop it now ?! Is there nothing I could do ?" (I've Been Losing You - A-Ha)