21 setembro 2009

La Conseguenza - Parte III

Não pretendia tornar a escrever tão cedo.
Mas acho que a noite anterior mereceu.

Me entreguei.
E me levantei.

Aparentemente oxímoros, mas tão próximos.

Decidi realiar opções alheias ao meu cansado senso, para ver o que dariam de resultado.

Parece que o resultado foi tranquilo. Mas sei que algum tempo será necessário para a readaptação a vida de antes. E Merlin novamente é posto em destaque.
Será uma tremenda hipocrisia minha se eu disser que tudo passou, como um mágico que faz uma carta desaparecer. Não, não passou.
Mas também, se não foi do jeito que eu queria, tenho que me resgatar e me sentir feliz com o que veio.
Obrigados especiais À Que Sabe Parcialmente e ao Eduardo, por terem me ajudado a ter crescido um pouco mais.

E se encerra assim mais um fim de semana, com várias dúvidas de fim de noite, causadas pela mesma genética lunar.

E, repetindo, se eu disser que houve uma mágica, serei hipócrita. Apenas quero o bem dela. Tanto porque sempre quando eu precisar de olhar pra dentro, pra procurar algum brilho que deixe meu céu um pouco mais vivo, ela estará lá, brilhando para sempre.

A Lua conquistou seu lugar.

E mesmo que nem tão feliz assim, estou um pouco mais em paz.

E meu último pedido é que 2009 se vá o mais rápido possível, com mais felicidades do que tristezas.

E a ausência de música se deve à extraordinariedade do texto.

20 setembro 2009

La Conseguenza - Parte II

II

Pode parecer exagero, mas 2 desfalecimentos ocasionais já preludiaram a morte do meu já tão trôpego e sofrido otimismo.

Primeiramente, a foto me pediu um conselho. Não consegui respondê-lo. Mentira se eu disser que foi porque eu não tinha soluções para a situação, mas fato é que não pude gerar palavra pelo fato de ter desfalecido internamente na ideia de que ela se referia a si própria, mesmo quando ela desmentiu depois. Mas no fim prevaleceu a confiança nela, e eu deixei ir.
Na segunda vez, malditos Iagos se apoderaram do meu fraco subconsciente para tentar desmoralizá-la. Mostraram-me imagens, me apunhalaram até o mais profundo do meu ser, para tentar me convencer de algo que só vi depois, mas a confiança prevaleceu novamente.

Apesar dos prelúdios, não sabia que minha morte interna se desenharia tão rápido.

É coincidência - é o que eu espero - o fato de as nuvens a encobrirem justamente em dias que eu preciso de olhar pro céu. (via @karollinepaiva)
Justamente nos dias em que eu mais necessito de fazer uma conversa, ela é anubliada. Que seja coincidência.

Porque minhas glândulas lacrimais quase se entregaram ao trágico trabalho de mostrar suas gotas salgadas.

E a única felicidade desse término de semana é um elogio daquele ser que mais me escuta, mesmo não querendo, me elevando a um patamar que não mereço estar.
E a presença risonha de um amigo próximo, infelizmente distante.

E por fim, minha consciência pesa por duas vezes:

- talvez frases ditas antes de tudo poderiam ter mudado tudo, mudando o que é hoje, mas novamente eu erro;
- eu deveria ter seguido o conselho da Trupe Mágica que vem logo abaixo.

E admito que minha explosão interna tem vontade, às vezes, de se formar externamente.
Sim, eu deveria ter seguido o conselho deles.


"sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro." (Eu Não Sei Na Verdade Quem Eu Sou - O Teatro Mágico)

19 setembro 2009

La Conseguenza - Parte I

I

Por mais que eu não queira, meus textos estão, cada vez mais, se transformando em resumos semanais.

Transformar.

Foi um dos verbos mais presentes durantes meus últimos tempos.
Poderia ter sido minha sina ?
Poderia ter sido minha sorte ?

Sim, poderia.
E sim, futuro do pretérito, indicando que algo poderia ter ocorrido se não fosse algum obstáculo.

E minha grande boca já rezava, antes da hora, felicidades garantidas que não eram e nem são certas hoje.
Pelo menos pra mim, tudo continua na mesma.
E devo continuar a aprender que não adianta ficar imaginando, que não adianta ficar se distraindo com assuntos surreais, porque eles - voltamos ao "pelo menos pra mim" - não se concretizarão.

E me transformei em mar durante esses dias de sofreguidão.


"por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa ?" (Ana e o Mar - O Teatro Mágico)

13 setembro 2009

I e XIV

E a semana veio.

Mais uma semana passou, mais um tempo que fiquei sem deixar minhas marcas por aqui, e venho fazê-lo agora, na noite de um domingo, que estando prestes a adormecer e voltar à minha rotina, eu faço as impressões dos 7 dias que passaram.
Pois é, foram 4 dias de extremo ânimo para a viagem que se realizaria.

Primeira vez na dita Cidade Maravilhosa, que realmente é.
E XIV Bienal do Livro por lá.

Pois é, e o que ninguém se apercebeu foi o início da viagem de ida.
A Trupe Mágica fez maravilhas. Ao passar pelos locais que compõem a estrada inicial a mente novamente faz um de seus truques, os quais não posso, e nem quero, controlar.
Me levou àqueles que me felicitam todos os dias, que me deixarão felizes eternamente.
Lua, Haplóide, 68;2, CD, A Que Sabe Parcialmente, e todos os outros.
E que saudade ela fez com que eu sentisse.
Realmente queria que eles estivessem participando da Empreitada do Inglês, apesar de que família é a melhor companhia de todas.
Por isso eles são a 2ª Família, mas sem ordinais de comparação sentimental.

E acho que tudo me melhorou, toda essa expectativa e ânimo me fizeram uma pessoa melhor, pois acho que aprendi, nem um mínimo que seja, a valorizar mais o que tenho antes de perder. Pois sim, por um dia e meio, me distanciei do que rotineiramente me anima, para me animar com aquilo que provavelmente nunca mais verei.

E pela sequência dos acontecimentos, acho que tudo está se virando.
Tudo está melhorando. Tudo está se ajeitando.

Tudo está dando certo.
E isso é a minha mais solene expectativa e esperança para terminar o ano que iniciou com um mau pressentimento.
Mas está mudando. Essa é minha crença. Está melhorando.

E que assim seja.


"Bom, uma história sobre Joana Darc? Olha, vou te contar o fim da história: ela morre queimada."

Bernard Cornwell


"minha senhora diz: 'bons ventos para nós, para assim, sempre, soprar sobre nós'." (Sina Nossa - O Teatro Mágico)


E sim, repetitivo. Mas sem a intenção de esnobar, longe disso. Com a intenção de rememorar com alegria.



07 setembro 2009

Merlin

Tempo.

A soberania universal de todos os mortais.

Semana incrivelmente longa.
Terça-feira foi um dos dias mais custosos que já vi passar, mais demorados que já vi se assentar, com surpresas que alegraram e ao mesmo tempo retardaram a velocidade com que o tempo passava. E a quarta, que deveria me dar alegrias, acabou por dar notícias de preocupação.
A quinta se ressalva um pouco, porque deu informações de que a quarta apenas deu um susto, melhorando assim tudo, apesar de me ter feito aprender a lidar com mais calma e serenidade, em tudo.
A sexta, minha última esperança na semana, acabou por trazer novamente preocupações, mas que foram assim, sem se ver. Ainda bem.

Ainda na quarta eu tinha me decidido por deixar aqui mais uma marca, só que por motivos de força maior, preferi guardá-los, e entregar-lo-ei o mais cedo possível.
Peço mil perdões a quem prometi mostrá-lo depois de finalizá-lo, o que acabei por não fazer. Entenda que não foi por mal.

Pois é, o fim de semana acabou por me dar tempo a toa, tempo ocioso, que apenas gastei dormindo em sua maior parte e jogando baralho, por diversão, além da TV, que em horas assim acaba ajudando um pouco.

E o feriado chega. Uma esperança nasce de acertar tudo, de deixar tudo nos detalhes exatos nos quais tenho querido há um bom tempo.
Só que da mesma forma ele caiu como uma responsabilidade. Antiga, é verdade, mas que chega o tempo de se cumprir. E, por mais que pareça tudo, ela não se concretizará agora apenas por impulso.
Mas por confiança e coragem alheias, dosadas da melhor maneira possível.

E é só isso que eu queria que o Satélite entendesse. Apenas.

Porque eu já entendi que Merlin é essencial.

E o mesmo Satélite deixa palavras de extrema importância durante o desenvolvimento desse texto.
Palvras inesperadas, mas que fazem felicidade.

"o tempo é inexorável, Derfel."
Merlin.

As Crônicas de Artur, Bernard Cornwell
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"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda, eu sei, pra você correr macio." (Sobre o Tempo - Pato Fu)