31 outubro 2009

Odisséia Troiana

Sim, talvez eu precisasse retornar.
Sim, talvez fosse hora de encarar novamente aquilo que me deixava melhor.

Não voltei com a intenção de narrar os grandes feitos de algum Ulisses, assim como Homero o fez. Não não, nada grandioso. Apenas um período em que decidi me afastar para tentar derrotar meu inimigo, que se aloja dentro do meu crânio.
E lá se foi esse período.

Por escusas de motivação alheia, decidi me reencontrar com minha perdida escrita, que não mostrava suas caras desde o último feriado. Justamente no mês em que eu pedia maior quantidade de letras publicadas.

E fica certo que a última terça, 27/10, foi diferencial.
Se devo minha evolução a alguém, existem dois a serem laureados: A Que Sabe Parcialmente, que já lhe foi mostrado um pouco mais do que eu reservava; porém nada como principalmente à Aprendiz, que é um vocativo de assaz desrespeito. Por isso, passa a ser Mestra. Sim, sua condição de orientadora motivacional fez seu papel com sutileza e funcionalidade, leveza e talento, que me reconfortou, diria plenamente, por aquela noite.

E saber que vivem bem apesar dos pesares é um consolo. Talvez também me deixe sem palavras, já que alheio estou. E há, conjuntamente, o reforço me dito que todas as ações realizadas por minha minguante pessoa se deram de um modo correto, aliviando um pouco minhas tensões.

E quinta se realizou uma obra um tanto quanto maléfica e benéfica, paradoxalmente unidas. Recordava-me por impressões dos tempos em que minha única preocupação era minha tarde vazia e minha noite de sono infestada por dípteros.
Aos prantos pensei que são dignas sim, de acordo com o momento e situação.
E sim, eu sinto falta. Muita falta. De tudo.

E não haverão Posêidon's a mais para fazerem mais difícil minha jornada de volta. - assim espero.

Sim, medroso e nostálgico. Sim, sou eu.
Forte quando me é necessário. Sim, talvez seja eu.

E foram 19 dias de distância de meu marcador.
Imagina se fossem 2 meses agora.


"the world I love [...] can't stop." (Can't Stop - Red Hot Chili Peppers)

12 outubro 2009

Sublionário Diciominar

Pois bem.
Em vista de ter causado sérios danos ao abalado estado momentâneo de outrém, venho fazer este para tentar me desculpar. Apesar de ser muito clichê já, penso que é a ação mais certa a realizar, devido à mostra das últimas linhas.

Eu já não devia ter mostrado as maldosas frases que a destituíram do já alquebrado espírito que se apresentava.
É, já não é a primeira vez que a faço ficar mal. E juro, nenhuma vez foi minha intenção. Foi um egoísmo despercebido meu, que não percebi a maldade que estava cometendo.

Se ela acabou também pedindo suas desculpas, era desnecessário. O erro era todo meu. Eu deveria ter me resguardado, pelo menos naquele momento, ao invés de tê-la corrompido ainda mais.
Sim, me maldiga, me deserde, me ignore.

Só não pense que fiz tudo pra te ver mal. Nunca foi essa minha intenção. O problema foi minha falta de senso que fez eu agir dessa maneira. Eu ainda não sabia lidar com calma, sem minha normal ansiedade e acabou sendo do jeito que tudo chegou aqui.

E hoje começa a jornada mais longa e tortuosa de todos os tempos. Montanhas, florestas, animais, inimigos e tudo o que há de pior. Nem Derfel, nem Thomas, nem Sharpe, nem Rider Sandman, nem Saban, nem Nicholas Hook viram algo semelhante. E fico por aqui.

E eu não sei mais escrever.

E eu não sei mais se volto.

10 outubro 2009

Dicionário Subliminar

E voltei hoje a fazer o que sempre foi uma forma de me acalmar. Ou não.
Mas de, pelo menos, deixar meus registros de uma forma diferente. De uma maneira subjetiva, nesse papel virtual.

Minha cabeça tem funcionado como um carrossel, uma Babel ambulante.
Girando confusa. Procurando por soluções, procurando por respostas que se entravam dentro de uma mente sob a guarda de uma força digna de comandar um quartel.
E eu também tenho estado feito um batel que navega num rio caudaloso, contra um tropel de inimigos prestes a me derrubar. Perdido dentre ilusões minhas, que tentam dar uma réplica às questões que me afligem, citadas já anteriormente.

E a semana foi prova disso.

Um tanto quanto conturbada, com ausências que eu preferia não sentir. O fardel que eu tenho entre as suas aparições é pouco, é escasso, e não tenho suportado mais.
Parece que algum pilar entre o céu e a Terra desmoronou, levando consigo o capitel que havia sido construído para lhe segurar.
Os dias têm sido mais obscuros, menos felizes, mais inseguros. Não consigo ter uma razão para fazer o que me ponho a agir. Apenas a mecanicidade de um coquetel de deveres diários.
E no final, tudo isso converge a um tonel de ideias lindas e tristes.

Tenho sido seriamente atingido por esse mar de algodão que insiste em anubliar e esconder o que talvez fizesse de mim e de minha cabeça um plantel mais organizado, um verdadeiro time que tivesse um ponto fixo de ordenação para poder cumprir suas obrigações com tranquilidade e felicidade. Pois é, não tenho.

E por hora, eu, projeto de menestrel moderno, fico por aqui esperando que tudo se acalme, que a poeira de fel se baixe, para eu poder voltar a ter a minha normalidade.

E talvez presenças extras no intervalo da refeição me ajudem a tirar um pouco das nuvens, já que a eficácia desse tratamento é 100%. 2 tentativas, 2 acertos.

E eu não sei o porquê dessa diferença que sinto.
Apenas sei que é presente. Pelo menos a mim.


"juro por Deus, teu nome é rima pra mim." (Sobrenomes - O Teatro Mágico)

03 outubro 2009

Sófocles Moderno

Setembro se encerrou com o menor número de textos.
E talvez a causa seja eu mesmo.

Tenho medo, mas talvez deva admitir que minhas ideias e minhas escritas já não estão tão boas quanto foram.
Minha outra linha de escrita não recebe estímulos há um tempo, e da última vez que ganhou, o espírito estava alquebrado por uma série de fatos.

Por pouco Setembro não teve um último suspiro textual no seu último dia, mas a I-207 não cooperou, nem meu senso crítico.
Já que no mesmo dia que eu me lembrava dos 30 dias e estava tão feliz por tê-la visto tão bem, recebi notícias de ausência futura que me deixaram com remorsos. Foi como um teatro, com o rosto feliz e o rosto triste.
E o fator surpresa dessa ausência é o que me constrange mais.

Vale deixar escrito também as imagens criadas em minha mente de uma notícia vinda de 384.400 km que talvez transformaria. Mas até hoje isso só ficou no mesmo lugar em que foi criada.

Me satisfazendo com músicas virtuais de um Ésquilo Mágico eu vou pondo fim à primeira respiração outubrina, que eu espero que tenha mais inspirações. E expirações.

E como sinto falta da presença noturna que tem sido coberta por algodão, que não é doce.


"e o que resta é sem sentido, fico perdido, sem direção." (Abaçaiado - O Teatro Mágico)