29 agosto 2009

Neurotransmissores Viciantes

Mais uma semana me consumiu. E eu consumi mais uma semana.

Por diversas vezes realmente vaguei na sutil esperança e/ou surrealismo de que palavras guardadas temporariamente não perdessem seu valor com o tempo que ficaram encaixotadas na memória.
Mas eu ?
Eu, ficar imaginando o futuro do pretérito para acontecimentos que sequer estiveram perto de se realizar ?
Logo eu, planejando o que não vai acontecer ?

É, por incrível que pareça eu ainda não aprendi a imaginar o que está na minha frente, ainda não sei como recriar na minha mente o que é real. Continuo apenas criando situações ilusionárias que já entendi que, se passaram por meu (sub)consciente, é sinal de que não ocorrerão.
Ou talvez eu ainda não tenha sabido me livrar dessa sina.

Porque é a mesma que me propicia os melhores momentos, no qual sou dono de mim, e capaz de fazer realizar o que talvez as palavras quietas não conseguiram fazer.
Porém a culpa também é compartilhada por mim, que fiz o mesmo, e evitei transtorno único e reincidente a mim, que devo tomar alguma atitude.

Eu já não sei o que fazer. Minha pequena melhora se deve aos incentivos e elogios alheios, que descobrem um outro lado do seu reles autor.
E esse mesmo preferiria fazer algum tipo de melhora em si.

Apesar de todas essas custosas palavras que vão saindo ao mesmo tempo em que vão chegando, certos seres satélites compreenderão a que ponto um simples cumprimento pode chegar. E perceberão que meu plano de futuro se destacou apenas pelo poder que certas cadeias carbônicas tem.

E como meu texto vai piorando a medida que cresce, eu prefiro terminar aqui.

Porque astros descobrirão o poder da dopamina. E esperam que reajam bem, fazendo um empuxo no minha já decaída e desfalecida felicidade.

Já que dopamina causa dependência.
E que dependência tenho dela.


"I wanna hold you high and steal my pain away." (Broken - Seether feat. Amy Lee)

23 agosto 2009

Jornais Virtuais

Irritado! Irritante!

Num estado um tanto quanto deplorável durante essa volta, desconto em quem não merecia!

Confessei à Lua e à lua durante minhas noites que desde que voltei a ter aulas, contando inclusive pré-PISM e língua inglesa, tenho estado diferente.
Saturado emocionalmente, tenho estado mais propício a me enervar por razões inúteis, como apenas um pedido, e tenho dado motivos a supostas mudanças pra quem eu deveria ser totalmente compreensivo, tentando discordar o menos possível.

Porém, pois bem, escusando-me através de motivos inúteis, tão inúteis que os guardei para mim ao invés de explaná-los, me deixei levar por essa pesarosa emoção.
Só que o mais estranho de tudo é eu não saber me definir, eu já não saber como me sinto, não saber como expressar o que me passa.
Estou bem ? Formalmente, sim.
Estou mal ? Imaginavelmente, acho.

Minha mente se movimenta rápida e sorrateiramente, como sempre disse, mas dessa vez sem me deixar claramente alguma pista do que quer.
Decerto esteja tentando me pregar o que sempre faço: esconder o principal, deixando apenas uma metáfora.
Mas como eu próprio sou o criador delas, não tenho como chegar à resposta.

E notícias viajam por 384.405 km numa facilidade extrema, causando certos reflexos. Mas nada com o que se preocupar. Nada demasiadamente importante.

Espero que essas quase três semanas de estado emocional parcialmente inerte acabe.
Necessito de estar algo. Seja bem. Seja mal. Preciso estar.

E sendo repetitivo, ainda necessito do meu pedido de posts atrás.

Porque só sei que tem algo errado. E sei que talvez devesse ter mudado minhas palavras num passado.

E em especial, em relação ao meu tempo que se esgota sem eu saber como estou, aí vai.


"todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou." (Tempo Perdido - Legião Urbana)

21 agosto 2009

Inverno Primaveiresco

Antes de tudo, apenas gostaria de deixar claro que minha ausência se deve ao cursinho, que toma minhas segundas/quartas/sextas e pelo meu curso de inglês, que completa meu dia às terças e quintas.


Bom, vamos ao que interessa. Ou não. Depende do ponto de vista.

Os suínos se acalmaram, e como o PhD. T. C. S. já bem nos explicou, a curva de qualquer epidemia tende a decrescer rapidamente depois de seu surto mais profundo, que causou a nossas duas semanas a mais de espera.
Com algumas surpresas, novamente retornamos a nossa casa.

Porém, talvez a maior surpresa da semana seja meu estado. Iniciei, sem nenhum tipo de razão do que estava fazendo, a cantarolar músicas com ritmo arabesco.
Com que motivos ? Para quê ? Por quê ?
Não faço a mínima ideia de qual motivo estava agindo daquele modo, sem propósitos, deixando meus motivos de lado, deixando minhas indagações acesas num rosto, até certo ponto, normal.

Sem felicidades, sem tristezas, sem ânimo, sem objetivo, passei mais uma semana fazendo apenas minha obrigação, até de vez em quando fugindo da mesma, por uma falta de paciência que me atormentou. Peço sinceras e humildes desculpas a todos os quais eu possa ter sido um tanto quanto ignorante e/ou indiferente. Entendam que eu, novamente, só não estava muito bem.

E nem Dante Alighieri foi capaz de me deixar um pouco mais com a alma lavada, apesar de sua esplêndida corrida. É certo também que ele não terminou sua aventura num momento muito bom. Estava eu mais uma vez transtornado, como há um bom tempo tenho estado.
O problema é que dessa vez estou vagando mentalmente sem nenhum tipo de escusa ou escudo, sem nenhuma desculpa ou culpa. Apenas vago, apenas sigo, apenas procuro, apenas acho.

Acho. Acho sim. Mas, pelo visto, só encontro o que não gostaria que aparecesse. Uma espécie de fator indeterminado que tem me transtornado por uma razão desconhecida.

Porém, por não querer falar/relembrar, apenas digo que a noite será mais uma que me trouxe uma notícia má.
E eu, que quando sempre alento uma esperança, recebo o fim contrário.
Quando acalento uma ideia, ela se reflete contrariamente.

Nunca soube o porquê, mas tenho hipóteses. Mas pelo modo, falíveis.
E eu continuo precisando do comentado no último texto. Tenho me sentido mal.

E novamente se destacam 68;2, CD, Haplóide e Lua. Complementando a noite. E, acho, não sendo a causa de minha dormência mental.

"Ipse ignotus, egens, Libyae deserta peragro,
Europa atque Asia pulsus.
"
Eneida, Virgílio

"preciso acabar logo com isso. Preciso lembrar que eu existo. Eu existo." (Sentado à Beira do Caminho - R. Carlos/E. Carlos)

15 agosto 2009

Arcobotantes Flutuantes

Eu esperava mais calma provinda do livro.

Claro, ele me ajudou, e não posso culpá-lo hora alguma. Sempre são de uma ajuda tremenda, talvez daí meu fascínio por eles.

Venho questionando-me se tenho razão e direito de ficar travando essa dúvida sobre eles em minha mente, essa indecisão que sempre acaba me levando para a ideia que eles sempre estão, e por um tempo eu me resguardo a ficar imaginando. Nisso, Skank me serve bem com Ali.
E apesar de continuar me resguardando sobre todas as implicações negativas, sinto as forças delas atuando sobre minha pessoa, mas tento distraí-las numa noite, sazonalmente, agitada na internet, com risadas pequenas ou boas no curso, com meu livro, música dentro do possível e todas as outras coisas que me fazem um pouco melhor.
Esperando assim que Agosto termine rapidamente e que Setembro chegue num instante, trazendo, que assim seja, a presença ilustre de um inglês que me alivia constantemente com suas histórias medievais, que dessa vez evocarão Azincourt.

E eu sinto saudades de presenças outrora constantes na noite.
Esperando, pois, a mesma em todos os dias semanais.

E não só ela, como todos os outros.

Pois sim, necessito de receber um abraço. Rápido, curto, inesperado. Que seja.
Mas sincero.


"sobra tanta falta de paciência que me desespero, [...] sobra tanto espaço dentro do abraço, [...] falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo." (Sobra Tanta Falta - O Teatro Mágico)

14 agosto 2009

Guerra dos Cem Anos Mental

Eu queria motivos ? Pois bem, os tenho, além do necessário, além do suficiente.
Só que eu, como sempre, estou aquém do necessário, aquém do suficiente.

As noites tramaram uma aliança com minha mente digna de William Hamleigh e Waleran Bigod, que entrementes e acerca de escusas religiosas tem por objetivo a destruição total do priorado de Kingsbridge.
Mas não adianta continuar dando metáforas ao que ninguém entenderá. Que nessa parte seja assim, mas que em outras eu confirme minha contradição.

Mas voltando às noites, elas me trouxeram um sufocamento antes compreendido como inquietação, mas que logo se ia com meus devaneios e assim não me incomodava (tanto).
Porém comecei a ficar realmente inquieto, extremamente irritadiço e até mesmo inconsequente pela ação inesperada e, em minha opinião, exagerada tomada pelo estado. E o mais importante: pelo colégio.
Juro que o conflito tomou tal proporções que meus devaneios chegaram ao limite de quase (?) me deixar aos prantos por duas noites seguidas (de passagem, as duas últimas) pelo fato de não estar próximo de quem queria, pelo fato de que talvez uma amenizada nessa situação sempre ficava com uma vontade de querer mais e sempre estou voltando insatisfeito.
Quase (?) as lágrimas escorreram por mais uma vez me ver distante daquilo que sempre me reconforta, daquilo que sempre me deixa bem e que me alegra.
O monstro dessa vez foi minha decisão paulista, me deixando quase entorpecer a vizinhança de gritos pelo medo e saudade que estava já de uma vez.

E estou disposto a largar tudo que quero por talvez permanecer junto daqueles que me fazem bem.
Porque sei, de antemão, que não suportaria a ausência deles, como assim está acontecendo.
E me dedicaria, feliz, a me empregar como Eng. Elétrico em qualquer setor de qualquer empresa que me deixasse mais próximos deles.

Porque os últimos acontecimentos me aproximam cada vez mais dos imortais que já vivem em mim.
E apesar de que sejam normais, eu sinto que eles só servem para fervilhar cada vez mais minha cabeça, sendo meu único escape meus textos, e minhas lembranças.
É, e são elas que viverão pra sempre em mim.

Rápidas, únicas, perfeitas. Com todos os ingredientes necessários.

Uma célula Haplóide, um 68;2, um CD, uma Lua pra iluminar, e todos os outros que não sei metaforizar.

E sim, eles viverão.


"e quando eu estiver fogo, suavemente se encaixe [...] e quando eu estiver morto, suplico que não me mate, não, dentro de ti." (Sutilmente - Skank)

08 agosto 2009

Os Pilares da Terra

Última noite foi tempestuosa.

Mas que nos trouxe alegrias em forma de gratidão alheia, que nos mostraram mais uma vez que a família não se resume apenas ao seu sangue, mas há também aquela família que é escolhida para se ter, eu espero, até o resto de seus dias.
E apesar de tristezas que abateram fortemente a noite passada, prefiro ficar com a lembrança de valores que me deixam cada vez mais feliz por ter formado minha 2ª família do jeito que ela mesmo é.

Porém, hoje viemos com energias renovadas.
Energias que muito provavelmente vieram do término de mais um livro.
Por mais ficcionais que sejam, meus livros tem essa capacidade de variar meu humor como os ventos mudam as ondas.

Será que a construção de uma catedral causou tal mudança a ponto de fazer com que hoje fosse um dia mais tranquilo ? Bem, pode ser.

Porém, depois de toda a 1ª parte da saga de Tom Construtor é revigorante poder ter a racionalidade de uma explicação alheia de que talvez, induzido pelo fato de outros estabelecimentos já voltarem a sua rotina nessa próxima segunda, eu também tenha minha rotina totalmente normal a partir do 17º dia do mês.
É, sei que será bom estar em casa de novo.

E será bom ver grande parte da minha família de novo.

Porque claro, apesar de maioria, não são únicos.

E, novamente, agradeço por partilharem sua existência.


"you don't know how lovely you are." (The Scientist - Coldplay)

06 agosto 2009

30 Dias

As noites tem se dividido em dois tipos: as claras e as escuras.

O primeiro tipo de noite faz com que talvez entendamos assuntos passados que foram mal encerrados.
Elas nos deixam mais tranquilos, nos tornam pessoas melhores por talvez enfrentar situações nunca antes confrontadas, e nos fazem pensar que apesar de todo os problemas passados, houve uma pequena diferença que apenas a razão não consegue decifrar.

Enquanto isso, as escuras nos deixam dúvidas, nos trazem angústias, nos proporcionam uma única direção de um beco sem saída, o qual geralmente me encaixo, talvez por opção, talvez por indução.
Além de tudo, as horas de sono dessas noites escuras usualmente são menores, seja pelo fato de querermos desmembrá-las até o fim, seja pelo fato de elas nos deixarem sonolentos sem dormir, pensando no que ela nos deixou para nossos sonhos.

Porém, apesar de as noites claras fazerem com que haja uma alegria (in)contida, pelo menos no nosso raciocínio, elas também geralmente são um pouco maldosas.
Com toda sua sutileza, nos lança dilemas, verdadeiros enigmas provindos da Esfíngie, que nos transtornam internamente pelo fato de, novamente, não terem explicação racional.
Mas, estando aquém do necessário para entender, aceito um prazo de 30 dias que se iniciou em 05/08, tendo eu um limite máximo em 05/09 o direito de entender seus questionamentos.

Bom, e talvez esteja mudando o foco, talvez mais constantemente do que deveria/poderia. Talvez estranhamente rápido.
Nem eu entendo o que acontece em meu subconsciente.

Talvez porque eu não tenha seu controle, mas alheios o tenham.

E além da Haplóide, de 68;2, vejo que mais um ser passa a se concretizar fortemente em mim, não significando que seja o único, nem esses três os únicos.
Sou maior que isso.
Talvez nem tanto, mas a importância alheia abrange mais do que eles.

Só que esse último tem um poder a mais: o de controlar as noites. Eu só posso aceitar e ver isso como um elogio.

É, a Lua tomou seu lugar.


"eu vou embora mas eu sempre volto atrás porque as noites são todas iguais." (Todas as Noites - Capital Inicial)

02 agosto 2009

Palavras Extremas

É, mais umas daquelas noites que inicialmente não teriam nada de mais mas que me fazem vir escrever.
E eu acabo tentando fugir deste novo e auto-deteriorável texto que faço.

A imperfeição que esse final do dia tomou foi extrema, e de pensar que tudo foi causado pelo simples (?) fato de que meu computador anda com alguns problemas.

Mas não devo colocar a culpa de meus atos nos outros.
Inicialmente, briquei demais.
Depois, falei demais.
E agora dessa vez, prometi o que não devia.

Não quero dar desculpas, mas pelo menos explicar que o porquê de ter feito isso era evitar um silêncio constrangedor que acabaria por sobrecarregar a Lua e faria dela uma pessoa sem escape, guardando assim todos seus transtornos.
Já me adaptei a tal infortúnio, mas não desejo isso pra ninguém.

E usando minhas "melhores" formas de pedir o perdão de alguém, eu deixo aqui registrado meu sincero pesar por, mais uma vez, ter falado demais.
Porém, sei que nada vai adiantar. É mais uma marca das minhas falhas, mas eu gostaria que ela deixasse isso ir como o vento que corre a Terra.

Porque a Lua talvez ainda não compreendeu o extremo valor que tem pra mim, a enorme importância que faz no meu dia-a-dia.
Ainda mais nesses dias.


"hold his head in desgrace, he can't escape the truth." (Billy - James Blunt)

01 agosto 2009

Ruídos Suínos

Bom, mais um fim de noite sem altos e baixos que me dê razões de sobra pra escrever. Mas, assim sendo.

Recebida até com contida euforia, a notícia de que eu terei mais uma semana de férias fez com que uma repensada fosse executada sobre esse fato.
Terei que esquecer novamente tudo que tinha voltado, e deixá-lo ir por mais uma semana.
Não que seja bom nem ruim, mas justo na hora que eu estava começando a perceber que era um pouco de exagero, que meu fusca ainda tem salvação, levo esse baque. Sim, repentino, e acho que de certa forma impensado, mas no final, uma semana a mais.

Bom, sendo assim, temos tirados 5 dias de reclamações, angústias, risos e alegria. Novamente a pergunta sobre a bondade ou maldade de tal ato. Não saberia responder.
Só espero que a próxima volta seja tão boa quanto essa.
E não quero que seja melhor pelo eterno medo de mudança que acarretaria, talvez, em certas diferenças que eu não quero.

Mas hoje, especialmente, presenciei ideias que eu não queria nem que existissem, mesmo que não fossem minhas. E elas, especialmente semelhantes.

Primeiramente, por ordem cronológica, tive que começar a repensar sobre meu exagero de brincadeiras, que intentam todas as vezes por tirar um sorriso, mínimo que seja, da outra pessoa. Sempre gostei de ver os outros sorrindo, e sempre me cortou vê-los mal, sendo por isso que fiz um pacto de não dizer certo pedido. E, por certo, dessa vez não foi diferente, mas talvez tenha tocado num ponto inerente à minha pessoa. Um ponto que não devo falar absolutamente nada, cometendo mais um erro.
Depois, mais tarde, a agonia alheia se transmitiu por causa de pensamentos impróprios que deveriam ter se guardado no mais profundo inconsciente, fazendo com a falta de auto-estima momentânea nunca houvesse existido, evitando assim um amargo sentimento de impotência, que sempre me transtornou, causado pelo fato da pouca ajuda que eu poderia prestar naquele momento de tristeza. Maas, as palavras que disseram que eu ajudei me reconfortaram.

Mas hoje acho que já consigo tomar uma posição melhor dentre as coisas que me constroem até aqui, e acho que já sei bem quais são.
E bom, acho que elas se resumem abaixo:

.._
| _ |
| _ |

Não é painel de led's, muito menos algum tipo de componente eletrônico. É todo um alfabeto (inicialmente, 5 letras) que resumem a maior parte de mim.

E assim, eu continuo tentando tirar risada de alguns e ajudar outros, por mínimo que isso seja, para fazer com que tudo seja um pouco melhor.


"that you flash as you walk through my door into my life." (Into My Life - Men at Work)