Tempos à toa, tempos para pensar.
Esses momentos são justo aqueles em que a monotonia me consome, como por exemplo uma janela de ônibus mostrando a cidade que passa por mais um dia.
Um estremecimento bate, um frio gela a mente que imagina a frente, uma vida sem as atuais razões, sem as atuais propostas, sem os atuais protagonistas, me deixando por lembrar apenas as horas que já foram e que estão por ir.
Me sinto um tanto quanto constrangido por pensar que daqui a alguns anos tudo será apenas uma memória, apenas uma lembrança, e não mais um fato como sempre quis que continuasse sendo.
Mas não tenho como controlar, não tenho como fazer com que tudo continue assim, porque a ideia é essa: que tudo passe deixando apenas lembranças.
Lembranças, histórias, momentos, memórias.
Porque a beleza do momento se constitui nisso, no fato de ele ser passageiro.
E nos deixar com eternos remorsos de ter, talvez, feito com que tudo fosse melhor.
"hoje o tempo voa [...], escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir. Não há tempo que volte." (Tempos Modernos - Lulu Santos)
10 julho 2009
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