26 junho 2009

Nell'autoscatto di Noi

Não importa, não faz sentido mais.

Por que continuar insistindo internamente que tudo está perfeito, quando não está?
Por que agir como se estivesse tudo normal, se não está?

Realmente parece que estou a um passo da esquizofrenia, pois já não suporto toda a carga que me é proposta. Principalmente, pela célula.
Porque ela me deixa transparecer uma sutil e presente.. não diria indiferença.. "desimportância" em relação a mim, que provavelmente já não sou o mesmo de antes.

Não sou o mesmo que a contemplava no último ano, nem o mesmo que era tão bom com todos.
Não sou o mesmo que esperava horários a mais pra poder estar um pouco mais lá, a toa, com todos.

Mas sinto falta de quando tudo estava certo, de quando eu ainda fazia diferença, de quando ninguém se distanciava.

Hoje tudo vive como uma lembrança.
Uma lembrança que acalora e que queima.
Uma lembrança que acalma e inquieta.
Uma lembrança que quer viver e prefere morrer.

E só consigo rememorá-las por tê-las guardado como uma imagem na memória.
Uma foto, que ninguém mais apaga.
Porque por mais que eu não queira, por mais que me faça mal, são essas fotolembranças que me farão pensar se estava certo ou não. Se deveria ter mudado minha atitude ou não.

E minha previsão inicial tem se confirmado sorrateira e tragicamente, como assim havia profetizado.

E parece que, enquanto o tempo da previsão não se for, tudo continuará como está, e ela será quem sempre foi, com seus altos e baixos, normalmente, sendo a mesma estrutura que é, enquanto eu continuarei mudando pr'ela.

Espero que num ponto reversível.

Porque se não for assim, nada mais importará, nada mais fará sentido.

Não a mim.


"não tem cura, acho que me perdi numa excursão que fiz na tua, na tua certeza e na contradição, [...] na tua palavra e no teu palavrão." (Uma Parte que Não Tinha - O Teatro Mágico)

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